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segunda-feira, 10 de junho de 2013

[Time2Think] Confissão






Não sou o tipo de cara que ganha muitas coisas, o tipo “vencedor nato”, aquele tipo que quando é bom em algo acaba se destacando em várias coisas de diferentes ramos que faz. Como uns jogadores profissionais de Squash que conheci que eram expendidos jogadores de xadrez também. Não não, eu não sou esse cara;  são poucas as coisas que eu me sobressaí como campeão, posso ter me sobressaído como algum tipo de líder de algo, um campeonato de 6 pessoas talvez num colégio onde ninguém praticava algum jogo ou em algum tema bem fechado e mesmo assim não tanto um destaque, mais como uma performance “sólida”. Eu sou o tipo de cara que toma bronca do chefe por incompetência, incapacidade, irresponsabilidade ou coisas do tipo que se demonstram de diferentes maneiras. Dos 3 empregos que tive, em dois deles eu já tomei broncas feias do tipo “quando te contratei esperava que fizesse algo bem diferente disso, mas pelo jeito isso não vai acontecer mesmo”, “eu posso até continuar te pagando, mas você não está demonstrando que está fazendo seu trabalho direito”, ou o que eu ouvi hoje “faz 8 meses que você está nisso e eu acho que você não fez absolutamente nada”. Sou do tipo que gosta de competir, mas nunca ganhou as competições favoritas, nem sequer é considerado um candidato real a vencedor. Sou do tipo que falta em algumas aulas por pura preguiça já que tem faltas sobrando, do tipo que não causa muito destaque em desempenho na universidade. Quando eu era menor era bem mais fácil, eu podia não ser na época(e não ser até hoje) a pessoas que se dá muito bem com o sexo oposto, fica com alguém, tem um namoro juvenil ou algo assim, eu sempre fui mais do tipo que gosta de umas meninas , mas elas não dão a menor bola; todavia eu me dava muito bem nos estudos, era um dos melhores da sala, não tem como mentir, as coisas eram mais fáceis e por mais que as pessoas tinham nomes como “cdf” que remetiam a estudar muito ou estudar o dia todo, eu nem estudava tanto assim eu simplesmente tinha facilidade na época, o que me ajudou muito com a minha auto estima mesmo sem eu perceber. Eu também me dava bem com inglês, porém tem um motivo para o inglês ser uma língua tão falada no mundo todo: ela é simples, o próprio português é mais difícil. Eu tive certo destaque ao escrever, meus professores elogiam e até hoje é algo que tenho orgulho , eu gosto muito de escrever e me sinto mais vivo escrevendo, é um hobby que me faz muito bem. Essa alcunha de “um dos melhores alunos da sala” não passou muito do colegial, logo no cursinho meus horizontes aumetaram e no começo foi estranho se sentir tão “burro”. Burro parece uma palavra forte, mas não é pois tudo é uma questão de referência, e é inevitável achar pessoas MUITO inteligentes no cursinho . Porém acima de tudo eu sou comum.
Definição: “Infinito não é necessariamente um número sem fim, um número absurdamente grande que não se pode nem imaginar, é simplesmente algo MUITO maior do que a referência que se tem, como por exemplo, ao se estudar física elétrica fala-se muito de elétrons e um plano infinito pode ser do tamanho de qualquer parede de sua casa
Durante boa parte da minha vida eu tentei me esforçar para ser alguém diferente,nomes como “nerd” “otaku” “gamer” “geek” tentavam definir alguém diferente e eu tentava me enquadrar em algum desses nomes, hoje em dia não ligo muito mais pra isso, quero apenas ser eu mesmo e fazer as coisas que eu gosto. Eu ainda sou cheio de sonhos que eu ainda não sei e talvez jamais saiba se irão ou não se concretizar. A questão é que é impossível ser alguém diferente e ao mesmo tempo é impossível ser alguém igual nesse mundo onde existe um número infinito de pessoas iguais e diferentes de cada um de nós, a não ser que eu seja alguém com uma doença que afetou apenas a mim, eu continuo sendo parte de um grande grupo e fora de outro enorme grupo. Mesmo pessoas como Mao Tsé Tung ou Hitler, havia pessoas muito parecidas com ele e não digo isso apenas sobre os seguidores deles, mas pessoas que teriam feito a mesma coisa que eles , mas que por uma série de coisas não chegaram lá pois havia apenas espaço para uma pessoas no cargo de “maior ditador chinês da história”, “maior assassino” ou algo assim.  

 Cara (eu uso “cara” para que isso literalmente pareça com alguma pessoas que você está prestes a conhecer melhor está na sua frente te dizendo isso, sendo leitor ou leitora, porque eu falo “cara” para garotas ás vezes também quando estou empolgado com algum assunto”),a maior bobagem que eu já tentei fazer em toda a minha vida e digo isso de boca cheia foi ser o absoluto campeão de algo na vida. Não que eu jamais vá conseguir realizar um sonho desses, mas é horrível ter isso em mente todo dia o tempo todo porque só foi me fazendo mal, a cada conquista que eu não alcançava eu pensava o quanto isso estava distante do que eu sou e como eu nunca chegaria ao sonho, só que é uma perda de tempo isso, só faz mal e não me ajudou em nada. É como um grande amigo meu chamado Gabriel Matiolli disse: “Você acha que o campeão mundial de xadrez um dia quando era criança disse que seria o melhor do mundo? Não , ele simplesmente foi jogando xadrez porque adorava e um dia ele foi crescendo, crescendo até chegar a campeão do mundo”.  O ponto interessantes sobre escrever esse texto é o fato de eu estar escrevendo tudo isso sem remorso, sem me sentir um lixo, sem ficar deprimido, sem ficar com vontade de me fechar pro mundo, mas sim escrevendo até mesmo de maneira animada, porque enfim me sinto assumindo que sou o que sou. Meu nome é Silas, meu nome é Silver, meu nome é 11183-3, meu nome é “filho”, meu nome é “amigo”, meu nome é “otário”, seja qual for meu nome, esse sou eu, uma pessoa comum que não é comum (duplipensamento), mas que simplesmente é isso: leva bronca, não ganha, ganha, é elogiado, faz bobagem, diz bobagem, ajuda, atrapalha”. Enfim eu consigo me assumir como um ser comum com defeitos e qualidade (por mais que pareça que eu tenha focado em defeitos aqui). Sou um jogador de League of Legends que recebe bronca dos parceiros, que dá bronca dos parceiros, que faz terapia, que escreve , que lê , que sofre, que chora, que vive. Prazer em conhece-lo.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

[Time2Think] Devaneios sobre uma geração




Alguns dias atrás eu li um texto que falava um pouco sobre vantagens e desvantagens da atual geração de jovens entre 20 e 25 anos. O texto comentava o quanto era útil o fato desta geração ter crescido ao redor de tanta tecnologia, a facilidade que os jovens dessa idade tem de lidar com novidades tecnológicas, computadores, tablets, etc. Porém de acordo com Eliane Brum, os jovens em contrapartida tem um grande problema quanto ao fracasso, a dor, a tristeza. Essa geração em geral não foi “criada pela dor” e sendo assim acredita que na escola, no trabalho , nas relações , as coisas vão se desenrolar como em casa. A casa do jovem de hoje em dia, e eu posso dizer isso como opinião e experiência pessoal, por mais simples que seja, por maior que seja o número de broncas, brigas, tem uma vida muito mais confortável e amigável do que a casa que os nossos pais tiveram. Ao esperar um tratamento igual ao que se tem em casa, na vida, o jovem se decepciona e não consegue lidar com o constante fracasso ou tristeza.


Falando assim, até parece que não me incluo nesse grupo, mas eu me incluo sim. Ao ler o texto eu poderia ter reagido com negação, poderia ter me sentido ainda mais triste, ou simplesmente ter tentado aprener com o que a autora dizia, mas preferi simplesmente ler. Tem alguns fatos que eu simplesmente não acredito que podem ter alguma reação muito grande, eu já fui criado como fui e já aprendi que a vida não vai ser tão simples, resta continuar tentando lidar com ela e principalmente: aceitá-la. O texto foi importante para abrir uma nova linha de pensamento na minha cabeça e gerar uma reflexão proveitosa, além é claro de um assunto qualquer para uma mesa de bar entediada (com as pessoas certas, pra não soar como alguma nerdisse qualquer). Ler um texto como esse a princípio magoa um pouco quando se enquadra com você mesmo, mas  isso é simplesmente mais uma dessas coisas da vida que acontecem e a gente tem que lidar sem se abalar demais.

A minha faculdade e mais especificamente meu curso é conhecido por ter professores muito rudes, alguns sem dedica alguma, outros que parece que se esforçam , mas não saem muito do lugar e acabam dando provas não muito condizentes com a matéria ensinada. Um dia um desses professores , após corrigir uma prova, e disse algo do tipo: “Eu nem sei mais o que você vem fazer aqui. Será que você quer mesmo ser engenheiro? Por que eu acho que você devia mudar de ideia”, teve um outro que disse a uma aluna após a mesma fazer uma pergunta: “Você é muito burra! Eu nem vou responder isso, será que você realmente quer ser engenheira? Porque você é burra demais! Pra que tentar? É como alguém na cadeira de rodas tentando escalar uma montanha! Se você não consegue, nem tenta!”. Esse é exatamente o tipo de coisa que não se espera ouvir em uma sala de aula, mas é o tipo de coisa que se ouve e hoje em dia não se choca mais tanto com isso quanto antes. Os alunos vão entendendo com isso que a vida não é realmente fácil e que por aí vem coisa pior. A vida ainda não está perdida, nenhuma geração só tem defeitos e nenhum defeito é tão prejudicial a ponto de tornar uma geração muito pior do que a outra, isso é pelo menos o que eu acho, olha que em geral o que eu acho é sempre algo triste