Think!

This may make you think. It only depends on how big is your world.

terça-feira, 29 de março de 2011

[E-book] Pais


Mais um capítulo pessoal! Faculdade tá bem puxada, mas eu to curtindo bastante! Novas amizades... Novos grupos. É um admirável mundo novo. Espero que gostem do capítulo, sinto que esta história está evoluindo a medida que eu estou evoluindo. Ninguém ainda sabe me dizer o porque do nome do pai de Joshua ser Julius? Essa tá dificil hein!

Até a próxima.

Mr. Silver

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Primeiramente eu fiquei sem reação, essa era um assunto que eu imaginava ter deixado claro que eu não queria um namoro sério com ele pelo simples fato de eu não ter perdido. Na época pelo menos as garotas sempre eram as que exigiam um namoro e o garoto por sua vez esperava pela ação da garota jogando indiretas para então fingir que não fazia ideia da vontade da garota e a pedia em namoro. Já eram tantas gerações fazendo a mesma coisa que as meninas achavam que não davam indiretas e os meninas que não sabiam de nada, coisa natural para a época, mas não para mim que almejava me tornar uma psicóloga de qualidade.

O fato de eu não poder namorar Joshua era algo que nem sequer eu entendia a essência. O problema nem era meu pai não querer, aquela do dia da festa dentro do carro era algo já normal, pois ele sabia que havia um tipo de garoto que eu nunca poderia namorar, porém para que não houvessem brechas a regra ele tentava garantir que eu não namorasse ninguém. O que não era possível sempre garantir, afinal minha irmã tinha a mesma misteriosa restrição, mas já havia namorado pelo menos dez garotos diferentes, de idades variadas. Porém a tal restrição não parava na nossa família, eu já havia ouvido falar de trinta famílias com a mesma situção, todavia eu muito nova nunca havia tido a pretensão de descobrir aquilo e ficava imaginando que era uma associação de pais super protetores ou coisa do tipo. Na época eu nem imaginava que todos esses pais estavam ligados de uma forma ou de outra a uma experimento físico muito antigo.

Foi em um dia em que eu era muito pequena e quase não lembro mais dos detalhes, parte do que sei foi dito pela minha mãe que não tinha entendido muito bem também, além de outros métodos que futuramente serão expostos. Era um dia chuvoso e o me pai chegou com uma notícia um tanto quanto preocupante:

- Fui demitido. – Meu pai isso com uma expressão indiferente, como se esse fato praticamente não representasse nada.

- Mas como assim? O que você fez?

- Isso é o de menos importância. Todos foram demitidos.

- TODOS? Por acaso a empresa faliu? Eles vão pagar todos os seus direito né?

- Não se preocupe quanto a isso, nunca mais teremos problemas com dinheiro, mas o que eu realmente preciso te falar é sobre as nossas filhas. – Foi apenas nessa hora aquela face masculina tomou uma feição propriamente séria.

- O que as nossas filhas tem a ver com isso? – O tom de voz de minha mãe beirava o desespero.

- Não é nada de mais, é só que elas não poderão casar tão cedo... Há uma restrição sobre que homens nossas filhas poderão se casar ou ter qualquer tipo de relacionamento mais íntimo. Algo a ver com o nosso gene.

- Posso saber o motivo disso? – Essa é o tipo de pergunta retórica que a outra pessoa nem sequer responsa “Sim” ou “Não”, simplesmente começa a falar explicando o motivo.

- Não. Infelizmente não. – Ele sempre fora o tipo de homem atencioso e respeitoso, nunca havia tratado mal a minha mãe e essa não seria a primeira vez. Minha mãe sabia que aquilo devia ter um bom motivo e por vezes ela o viu murmurando coisas enquanto tentava dormir: “Isso não faz sentido... Não podem deixar isso assim... Minhas filhas... O mundo...”.

Era hora de dar uma resposta a Joshua:

- Não.

quarta-feira, 23 de março de 2011

[E-book] Fasano


Olá camaradas! Dia muito animado hoje, provavelmente mudanças muito boas estarão acontecendo comigo dentro da faculdade em breve. Hoje temos aqui mais um capítulo, me desculpe se viajei demais em alguma parte, mas era necessário afinal a história ainda vai tomar rumos inesperados.

Mr. Silver




Os dias passavam rápido e o time de robótica agora investia em projetos de menor porte, como robos para sumô, robos para hockey ou até mesmo robos para labirintos. A intenção era investir em diversos tipos de robos e desenvolver diferentes habilidades do time, porém ainda ia demorar para que acontecesse alguma competição e durante as férias eles teriam muito tempo para pensar em novos projetos e entrar em novas competições. Já estávamos em meados de junho quando eu a Joshua, mais estáveis do que nunca, ficamos sabendo que Juliana e Gustavo estavam saindo. Esses dois eram o tipo de casal em que a menina está sempre muito entusiasmada com tudo e acha que tudo que seu companheiro fazia era algum ato romântico. Por outro lado Gustavo estava quase sempre sério e parecia estar inerte ao que acontecia a as volta, entretanto bastou uma conversa com Juliana para descobrir que Gustavo sabia ser romântico e estava gostando muito de sair com ela, embora ainda sem compromisso.

As provas finais estavam a vista e Joshua estava com uma situação tão tranquila que podia escolher entre fazer a prova ou não, porém ele sendo um aluno dedicado sempre escolhia fazer a prova. Gustavo por outro lado estava cada vez menos presentes em saídas para parques, shopping, etc, entre os casais. Mas mesmo com tantos tropeços (duas aprovações de semestre por 0,1 ponto e misericórdia para Gustavo), tudo acabou dando certo e as férias escolares chegaram e assim os dois casais teriam a oportunidade de aproveitar seu romance.

São Paulo é uma cidade muito romântica, lotada de restaurantes chiques, avenidas enfeitadas e bem convervadas, perfeitas para um passeio, praças para todos os gostos, entre outros lugares. Porém aparentemente todos os guias turísticos para casais apaixonados forma feitos por pessoas que saíram de São Paulo em busca de informações de todo o mundo para completar o guia, mas se esqueceram de voltar a sua cidade natal e escrever alguma coisa sobre. Era essa a sensação que Joshua tinha ao ficar perdido no meio de tantso guias sem achar algum lugar viável, afinal Alluci Alluci era uma absurdo que deveria ficar até mesmo fora de um guia que seria vendido na zona oeste da cidade de São Paulo. Os dias nas férias eram muito tediosos e mais ainda quando tudo que se esperava não acontece. Agora com o término das aulas do primeiro semestre eu a Joshua nos víamos ainda menos, o que não era exataente nosso plano e isso foi me deixando um pouco depremida, entretanto ao mesmo tempo irritada com a falta de atitude de Joshua. Ele logo começou a notar a minha falta de paciencia até mesmo nas ligações que fazia para mim e com isso resolveu tomar uma atitude: me chamou para sair em uma sexta feira a noite. Embora eu tenha ficado muito impressionada e animada a verdade era que ele não tinha nenhum destino específico e decidiu fazer isso antes que eu terminasse com ele, se eu já soubesse disso eu realmente iria terminar, seja lá o que fosse aquilo, e muita coisa seria diferente. Às seis e meia da tarde já estávamos andando pela Avenida Paulista. Joshua usava um traje quase que social, com uma camisa azul-escuro semi fechada, calças pretas e um sapato preto muito impressivo. Eu usava um vestido xadrez, preto e verde com sapatos pretos e brincos. Nós estávamos sem muita ideia sobre o que o destino estava nos reservando para aquela noite.

- Pois é Joshua estamos andando a um certo tempo já e você ainda não me disse aonde vamos. – Disse eu com um tom esperançoso por uma resposta romântica.

- Bem, na verdade eu ainda não tenho certeza de onde nós vamos. – Respondeu Joshua com um certo receio.

- Você quer dizer que não lembra exatamente do enredeço do lugar, não é mesmo? – Disse eu com uma voz já beirando a preocupação.

- Mais ou menos isso... Eu só não sei aonde vamos – Com isso Joshua virou com um sorriso sarcástico para mim e eu só não agarrei o pescoço dele para estrangula-lo porque algo mais importante havia acontecido. Um carro preto muito discreto parou ao lado dos dois sem se preocupar com o trânsito e um senhor de certa idade apareceu na janela.

- Meu caro amigo, você está me saindo melhor do que a encomenda. Você não só conseguiu se safar do processo a respeito do tráfico de smokings como também sequer comentou sobre a nossa existência ou realação. – Joshua achava que era fácil não comentar sobre algo que nem sabia ao certo o que era.

- Bem... Não há o que agradecer... Senhor... – Joshua estava morrendo de medo e não sabia sequer o nome da pessoa que estava falando com ele.

- Bem, eu tenho aqui uma recompensa muito agradável para você e sua namorada. – Com isso ele entregou um envelope bem simples com um brasão de algum réptil no canto superior. – Entregue isso no restaurante Fasano e tenha uma boa noite. Até a próxima! – Assim o carro saiu de perto deles e eu fiquei com uma cara pasma, mas animada pois mesmo sendo de forma tão inesperada, pelo menos eu teria uma boa noite de um jantar que talvez nunca fosse repetir. Mas nada sem uma ponte de curiosidade:

- Afinal, o que diabos foi isso que acabou de acontecer?

- Você quer ou não quer ir jantar no melhor restaurante que nunca conseguirei te pagar? – Foi impossível evitar a risada, pegamos um táxi e chegamos na porta do restaurante. O atendente assim que viu a carta (carta esta que nenhum de nós teve coragem de ler), ficou branco como uma nuvem e se apressou em conseguir uma mesa em um local bem agradável do resturante. Comemos coisas que nem nos lembramos mais, ficamos de mãos dadas e falamos sobre diversas coisas que nos levaram a muitas risadas e sorrisos típicos de casais apaixonados. Tudo parecia ótimo e Joshua queria melhorar ainda mais e achava que não teria uma oportunidade melhor que aquela para fazer o que pretendia, então ele tirou do bolso duas alianças de prata.

- Sofia. Quer namorar comigo? – Joshua disse isso com a voz mais séria e ao mesmo tempo romântica que conseguia produzir. Entretanto ele estava pedindo isso para a pessoa errada.


domingo, 20 de março de 2011

[Time 2 Think] Poetry


Alguns dias atrás eu contei para voces que haveria o dia internacional da poesia. O dia passou, eu tive problemas e acabei fazendo apenas hoje a poesia. Post bem simples, espero que gostem! Mas com um post tão simples, vou dar uma "complicadinha": Alguém sabe de onde veio o título da poesia? Dica: tem a ver com cultura otaku.


Mr. Silver

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Spiral Life*

Spiral my endless pain

Spiral my negative stain

Spiral Life is what I feel

Spiral Life is what I see

Who am I?

What am I?

Spiral life will tell thy

Spiral and Skip

For my loveless heart to slip.

segunda-feira, 14 de março de 2011

[E-book] Rafael


Olá meus caros! Primeiramente quero dar os parabens ao meu amigo Gabriel Yuji que passou na Unicamp! UHUL! Agora preciso pedir desculpas pois o capítulo de hoje não está muito longo, porém ele acaba justamente onde deveria acabar. Charada do dia: Eu fiz uma espécie de comentário que se refere a um anime, alguém sabe me dizer que aprte é e qual o anime? Mais uma coisa! Hoje é o dia da poesia, quem sabe amanha eu não lanço alguma coisa. Até a próxima!

Mr. Silver

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Jessica era o tipo de garota mimada que não estava acostumada a perder em nada. Até certa idade os pais garantem que sua filinha querida vença em tudo que bem entender, porém chega uma hora que ela mesma tem que lutar por isso, ou no caso dela, pagar pessoas, trapacear, ou usar de qualquer método ilícito para ganhar. Se alguém tivesse comido dez pães de queijo seguidos, ela comeria onze e jogaria isso na cara da outra pessoa que talvez nem se importasse tanto com o recorde, mas mesmo assim se sentiria ofendida. No atual grupo de amigos, víboras e sanguessugas que Jessica andava, havia virado uma espécie de moda ficar tirando sarro de grupos menos populares da escola, logo isso se transformou em uma competição. Desde o dia em que um garoto do grupo fez com que um garoto do grupo de coral fosse a escola sem cueca para mostrar seu amor e teve suas calças abaixadas no meio do refeitório; Jessica não parava de pensar em fazer algo que humilhasse ainda mais alguém, até que achou Rafael e armou um plano audacioso que seria como um presente de aniversário para ela mesma.

O dia da festa rapidamente chegou e tudo que Joshua podia fazer era torcer pelo sucesso de Rafael e se distrair enquanto isso. Ele ficou quase que o dia todo jogando vídeo game e rapidamente sua preocupação se dissipou dentro do entretenimento. Para Joshua o dia fora bem calmo e sem nada de extraordinário até receber uma ligação às três da manhã da mãe de Rafael:

- Joshua, eu sei que você já deve estar dormindo, mas é urgente! Rafael não voltou para casa ainda! Ele disse que tinha alguma coisa muito especial para fazer na festa e a principio eu não me preocupei, mas agora... – A mãe de Rafael se chamava Luísa, era uma mulher na faixa dos quarenta anos que se dedicava muito como uma mãe solteira. O pai de Rafael havia sumido junto com o de Joshua, exatamente no mesmo dia. Como Rafael era filho único ela se importava muito com sua saúde e o fato de ele quase não ter amigos só a preocupava ainda mais.

- Meu Deus... Ele me disse que uma garota tinha se declarado para ele, bem que eu achei estranho. – Com isso Joshua passou o telefone para sua mãe. As duas conversaram por um tempo e decidiram ir juntas procurar pelo garoto e Joshua que não conseguia dormir ficou vendo algum filme de ação retro que passava na televisão enquanto aguardava. Já passava das 4 horas da manhã quando Joshua não aguentou mais e caiu no sofá morrendo de sono.

No dia seguinte as informações foram diversas, uns diziam que Rafael tinha sido assaltado, outros que ele havia sofrido um acidente e sempre tem alguns idiotas que lançam hipóteses baseadas em alienígenas, espers e viajantes do tempo. Porém dentro de todas essas possibilidades apenas uma fazia sentido e era a verdadeira: Rafael havia cometido suicídio. Não havia muito que ser investigado a fim de tirar essa conclusão, uma carta com os seguintes dizeres: “Deixo as alianças com Joshua, quem sabe ele faz uma decisão melhor que a minha”. Ao final das investigações chegaram à conclusão de que a garota chamada Jéssica havia humilhado Rafael, este abalado psicologicamente e ainda sobre tratamento forte e com poucos amigos decidiu que a melhor solução era a morte. Ele nunca havia experimentado uma sensação de tristeza tão forte assim.

Joshua ficou cerca de dois meses sem frequentar as aulas, era a primeira vez que ele via um amigo perder a vida. Daquele dia em diante Joshua se tornou uma pessoa ainda mais quieta e por mais que ele não reparasse isso havia mudado consideravelmente após começarmos a sair. Eu não sabia de tudo isso quando comecei a sair com ele, talvez se eu soubesse as coisas teriam sido um pouco diferentes, o fato é que Joshua estava prestes a cometer um erro semelhante ao de seu amigo Rafael.

quinta-feira, 10 de março de 2011

[E-book] Alianças


Uau! Um post por dia hein! Espero poder maner isso o máximo que puder. Espero que fiquem contente, hoje tem mais um capítulo! No próximo post do livro eu vou explicar a orgiem de uma certa opinião exposta hoje na história. Por hoje é só! Até a próxima!


Mr. Silver

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Joshua reconheceria de longe aquela voz, era uma questão de instinto, ainda mais do que isso: era uma questão de sobrevivência. Ele tinha agora pensamentos difusos devido ao nervosismo, pensamentos aleatórios como “a cada quarenta segundos uma pessoas comete suicídio”, mas também tentava pensar de forma mais racional para se safar da situação. Imaginou que poderia sair correndo gritando pela polícia, mas isso iria parecer pouco masculino, então ele poderia sair correndo e ir para sua casa correndo e quem sabe morrer no meio do caminho por insolação afinal era um dia muito ensolarado. Mas na sua mente conturbada ainda havia um problema em fazer algo do tipo, ele sabia onde ele mora e poderia ir lá busca-lo, então ele preferiu a ideia de descer a serra litorânea de bicicleta, descalço, sem freio e esperar que chovesse e quem sabe para ajudar a situação ele ainda iria com o pé em um caminhão, assim facilitaria as coisas e ele nunca seria pego novamente. Porém todo esse devaneio cessou quando a mesma voz disse impaciente:

- Mas será que você poderia fazer algo logo meu jovem? Ou será que não é macho suficiente para cuidar da minha priminha? – Ao longo desta frase era como se a voz passasse uma transformação de uma voz aterrorizante para uma voz que já o livrara de um grande perigo.

- Samuel!

- Morreu de medo né? Fala ai! – Samuel não para de rir da cara de Joshua e depois de uns instantes eu e o resto do pessoal também estávamos rindo.

- Uau! Você imita direitinho mesmo! – Nesse ponto até mesmo Joshua já estava rindo.

- Eu só vim aqui para lhe dar os papéis da sua absolvição. Em teoria você teria que ir a julgamento, bla bla bla, mas eu consegui uma absolvição mais simples graças aos meus contatos.

- Caramba, muito obrigado mesmo! – Disseram Gustavo e Joshua juntos.

- Fica esperto que da próxima vez pode ser meu tio mesmo e daí você vai estar ferrado se levar cinco minutos para esboçar qualquer reação. – Mais uma vez todos caíram em gargalhadas imitando o rosto de Joshua quando ele estava pensando em uma resposta.

Ao final do dia todos se dirigiram cada um para sua casa. Como a casa de Gustavo era relativamente próxima da de Joshua eles ficaram quase todo o caminho junto, porém sem falar um com outro, pois ao que parecia Juliana estava enfim conseguindo prender a atenção de Gustavo e o acompanhava até sua casa para conversarem. Joshua chegou a sua casa, cumprimentou sua mãe e logo em seguida foi para seu quarto. Enquanto estava deitado pensando em como tinha sido legal aquele dia, mas como infelizmente não tinha conseguido executar seu plano e fora uma companhia não tão boa quanto ele achava que eu merecia o que era verdade, pois eu não sabia de todo esse “planozinho” dele e nem tinha obrigação de saber. Enquanto pensava nisso ele segurava forte o par de alianças que havia guardado no bolso durante o passeio todo, ele havia conseguido isso durante o ensino fundamental de um de seus únicos amigos da antiga escola, entretanto antes que isso comece a soar muito estranho eu vou explicar a história.

Joshua estava na oitava série do ensino fundamental, o que dali um tempo se tornaria o nono ano, tanto faz. Ele tinha um amigo chamado Rafael, ele era um garoto muito quieto, sem muitos amigos ou companhias, tinha um cabelo extremamente curto, quase careca e sempre trajava roupas com tonalidades diferentes de cinza. Da forma que Joshua sabia todos seus segredos, medos e aflições e na medida do possível o ajudava com todas as suas forças. Certo dia de forma muito inesperada Rafael chegou com um largo sorriso em seu rosto:

- Eu estou apaixonado pela Jessica cara!

- Tá falando sério? Mas a Jessica não é aquela patricinha esquisita que falava com a própria esfiha de carne?

- Não! Essa ai é a Jessica Ramos. Eu estou falando da Jessica Abreu! –Jessica Abreu era uma pessoa tão absurdamente inacessível que nem sequer passou pela mente de Joshua que seu amigo estaria apaixonado por alguém assim. Não que isso fosse incomum entre os garotos da escola, já que ela era um tipo de garota “perfeita”: ela era rica, muito bonita, corpo mais desenvolvido que o das meninas de sua idade, mas ao mesmo tempo era intragável como pessoa. Jessica tinha um jeito só dela de magoar as pessoas ao seu redor, humilhar nerds e irritar professores. Levando em conta tudo isso, o que Joshua acabara de ouvir não fazia o menor sentido.

- Bem... De onde veio todo esse sentimento?

- Eu sei no que esta pensando, que ela não é uma garota pra mim e tudo mais, mas pasme. Foi ela quem se declarou pra mim! Ela disse para eu aparecer na festa dela já preparado para falar com os pais dela, ela quer que a gente comece a namorar! – Tudo isso não fazia sentido. A festa seria dali a dois dias e Joshua precisava de alguma forma ajudar seu amigo.

- Você tem certeza de que ela não disse isso enquanto falava com algum tipo de salgado da cantina?

- Eu já te disse! É a Jessica Abreu mesmo! – Joshua não aguentava ver toda aquela animação sem entrar no clima.

- Então cara. PARABENS! No que eu puder ajudar é só falar.

- Pois bem cara, eu vou mesmo precisar de sua ajuda. – Depois de falar isso, Rafael propôs que eles fossem ao pior lugar que um garoto na oitava série pode escolher para ir, pior ainda que uma balada com Rg falso ou uma viagem pra uma praia num dia nublado sem um videogame : a casa de alianças. Este era o local propício e erros juvenis, dezenas e mais dezenas de jovens todos os dias fazem escolhas imprecisas e compram alianças caras, baratas e logo em seguida (cerca de dois meses) eles desmancham tudo.

Após o período de aulas os dois se dirigiram até o Shopping Santa Cruz, de acordo com Rafael lá havia uma loja que vendia alianças mais em conta. Foi algo simples e rápido, ele preferiu comprar uma mais legal que Joshua havia indicado, porém mais cara, e não gravar os nomes. Joshua não conseguia evitar perguntar sobre os detalhes da confissão de Jessica para Rafael, afinal ele não poderia estar presente na festa, logo ele não teria como ajuda-lo em uma possível decepção. Ele podia apenas torcer para dar tudo certo.


quarta-feira, 9 de março de 2011

[Time 2 Think] A fera que gritou "eu" no coração do mundo


Olá leitores deste blog. Devido a pedidos dentro de um chat sobre Evangelion, eu escrevi mais um texto sobre esse admirável animes. Desta vez estou propondo algumas de minhas conclusoes a respeito dele. Se voce ja viu e não entendeu absolutamente nada do final, espero poder esclarecer um pouco. Sintam-se livres para perguntar e comentar nesse post. Eu quero mesmo gerar uma pequena roda de discussão.

Mr. Silver

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Primeiramente preciso lembra-lo de que a teoria que estou prestes a propor não surgiu de repente e sem ajuda de outras pessoas. Logo após o fim do filme “The End of Evangelion” eu corri atrás de diversos sites que tentavam solucionar alguns aspectos da série e acabei achando um site em especial que pegava diversos mistérios da série e ia explicando o que podia ser compreendido apenas com os fatos apresentados no decorrer da série. A partir de sies como esses três sessões dos filmes e alguns episódios específicos (principalmente os episódios de número 25 e 26) eu cheguei a uma conclusão pessoal. É claro que vai haver falhas dentro da minha logica, porém enquanto o autor da série não revelar todos seus segredos, não vai existir nenhuma teoria perfeita. Há coisas é claro que ainda não vão tentar ser explicadas dentro do meu raciocínio.


Episódio 26.

Primeiramente devo comentar onde começou toda essa teoria e foi no episódio 26. Perto do final do episódio e consequentemente da série em episódios, Shinji está como sempre discutindo com Asuka e é como se fosse uma conversa filosófica, pois a partir dos argumentos de Asuka o próprio Shinji vai tirando suas conclusões. Para quem já estudou filosofia básica era como se ela fosse Aristóteles e Shinji outra pessoa que discutia com ele. Shinji faz um drama o anime todo sobre o fato de a vida dele se basear apenas em ele ser um piloto de um EVA, coisa que ele nem sequer sabe ao certo o que significa para o mundo. Antes de falar a que conclusão Shinji chegou, é preciso se lembrar de onde veio essa argumentação. Ela faz parte do processo de instrumentação da humanidade, dentro desse processo cabe ao protagonista decidir se ele quer um mundo onde a humanidade seja um ser só, ou se ele quer que as pessoas continuem a existir com suas próprias individualidades, como exemplo, surge a seguinte fala “Sem os outros para interagir você não pode reconhecer sua própria e verdadeira imagem”, isso quer dizer que sem as outras pessoas não há uma individualidade, mas sim apenas uma identidade coletiva. Pois bem, logo ao fim desse processo Shinji já sabe que deve decidir entre o individuo e o coletivo, porém ainda havia uma coisa errada que o programa de instrumentação não poderia permitir: Shinji estava baseando sua escolha dentro de suas experiências daquela vida e tudo que sofreu como piloto de EVA. Entretanto ocorre uma cena totalmente fora do clima do episódio que começa a resolver esse problema, é a cena em que é mostrada uma versão Shôjo do anime.

Neon Genesis Evangelion: The 2nd Iron Maiden

Tudo começa com uma cena no mínimo estranha que aparece no episódio 26 da série original. Em meio a um jogo de ideias sobre as relações humanas, Shinji é despertado por Asuka em seu quarto, seus pais estão na cozinha preparando o café e ele se prepara para sair de casa e ir a escola. A caminho da escola ele esbarra em Rei, que agora tem uma cara sorridente e aparenta ser muito desastrada, os três acabam discutindo sobre o esbarrão que Shinji deu e no meio ao desencontro vão a escola. Chegando lá Rei e Asuka começam a discutir e certa afinidade amorosa por Shinji parece embarcar. Mas o que tudo isso tem a ver com o clima sombrio e misterioso do episódio 26? Tudo isso foi feito para mostrar a Shinji que a forma que ele viveu não é uma regra para a humanidade e que a vida dele poderia ter sido diferente de simplesmente pilotar um EVA. Se pensarmos que o mundo é cheio de probabilidades, chances, escolhas, entre outras coisas que variam e são muitas das vezes aleatórias, é natural imaginar que com poucas diferentes escolhas fatos e eventos, o mundo poderia ser um lugar um pouco diferente, assim como nossas vidas. O que Shinji viu não foi nada mais do que outra possibilidade para sua vida, para que assim ele pudesse ver o mundo e a humanidade de diferentes maneiras. Apenas dessa maneira seria possível alcançar um julgamento mais justo.

A teoria

Para mim Evangelion não tem um final. Ele tem vários e talvez infinitos se pensarmos profundamente. O episódio 26 tem um final que pode ser interpretado como um final na execução do programa de instrumentação da humanidade com a escolha de Shinji de permanecer com os seres humanos. Porém as coisas não param por ai. Qualquer outra coisa poderia ter acontecido. E se Shinji tivesse escolhido isso e se arrependido? E se ele tivesse feito outra escolha? E se as experiências que ele teve tivessem sido diferentes? Cada uma destas perguntas levará a um desfecho distinto. Concluindo que a série em mangá, a série “The 2nd Iron Maiden”, o anime, os filmes, cada um destes é a resposta para uma destas perguntas. Uma das provas disso é a diferença entre uma mesma cena no mangá e no anime, vista em "The end of Evangelion". Quando tiverem a oportunidade vejam e tirem a sua prova.

terça-feira, 8 de março de 2011

[E-book] O Parque


O tédio é horrível e eu não gosto de carnaval, lá vai um capítulo e quem sabe meu mau humor passe. Não vou nem me dar ao trabalho de fazer um post sobre o que penso a respeito do carnaval, então até a próxima!


Mr. Silver

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Joshua acordou cedo no domingo. Estava pronto para sair com Sofia, pois já tinha todo o plano dentro de sua cabeça. A mesma cabeça que achava que tudo daria certo como se todo aquele encontro pudesse ser comandado assim como um robô é comandado por uma linguagem de programação, porém logo que viu seu celular viu uma mensagem que já mudaria um pouco a situação, ela era justamente de Sofia:

‘’A JULIANA ME LIGOU E A GENTE VAI TER QUE IR AO PARQUE VILA LOBOS COM ELES OKAY?’’

Aquele ‘’okay?’’ era o tipo de pergunta que não se deve nem sequer pensar em responder algo como: ‘’não está okay porque eu planejei tudo e isso não estava nos planos’’, afinal ao contrário de robôs, seres humanos sabem lidar muito bem com situações diferentes das esperadas. Entretanto Joshua não era um ser humano muito preparado para isso. Quando Sofia dizia ‘’eles’’ devia provavelmente se referir a Gustavo e Juliana então ele decidiu ligar pra seu amigo Gustavo.

- E ai Gustavo, como vai? – Disse Joshua com um tom levemente sarcástico, mas facilmente compreendido por Gustavo.

- Olha Joshua eu sei que você não deve ter gostado da ideia, mas não foi culpa minha! Eu estava aqui sem fazer nada e ela ligou e eu estava aqui com o meu Playstation 3 e ela aceitou!

- Playstation 3...? O que isso tem a ver? Nós vamos ao Villa Lobos! – A voz de Joshua passou do sarcasmo para o espanto.

- Ah! Bem que eu vi que parecia muito estranho... Pois bem, espero não estar atrapalhando. – Nesse ponto Joshua já estava mais calmo e passava a aceitar a ideia de uma espécie de encontro duplo. – Mas você sabe que vai para o parque com a Juliana né?

- COMO QUE É? – Disse Gustavo espantado.

- Gustavo, você só não é mais desinformado que um político sobre a sociedade brasileira...

- Como assim? Bem, esquece. Eu não vou com a Juliana para ao parque.

- Por que não!? – Joshua não se importava tanto com o fato de eles saírem ou não por seus sentimentos, mas mais porque se eles saíssem, a carga de “dívida” sobre suas costas, seria bem menor e ele não teria que se preocupar tão cedo em ser castrado pelo meu pai.

- Essa menina é muito estranha... Eu te falei que ela ficou me mandando cartas bizarras com nomes diferentes e mesma caligrafia? Essa menina é doente!

- Okay cara... Faça assim, vamos até lá e você conta pra ela.

- Eu já tentei isso. Mas tudo bem, eu vou lá, mas vai ser a primeira e última vez. – A partir disso Joshua sentiu como estava ausente de sua amizade, ele nem sequer sabia mais de coisas engraçadas e bizarras como a que tinha acabado de ouvir.

O parque Villa Lobos é um ótimo lugar para se passar o final de semana, seja em família ou com amigos. É possível alugar bicicletas e antigamente também havia a locação de skates, entre outros equipamentos esportivos. O local também dá espaço para apresentações musicais esporádicas, isso melhora ainda mais o clima do parque. Há regiões dentro do parque para todos os tipos de pessoas, desde as que querem ficar em um lugar com muitas pessoas, andando de bicicleta ou descansando, mas também há lugares para pessoas que querem apenas o sossego sobre a sombra de uma árvore em um banco, ou andando em uma velocidade agradável em um local mais vazio. Até mesmo os praticantes de diversos esportes diferentes acham que lá é bom lugar para suas práticas, como tênis, rugby, futebol e basquete que conta com pequenas quadras.

No horário marcado Joshua, Gustavo, Juliana e eu estávamos em frente ao parque. Era uma tarde ensolarada e não faltavam pessoas andando de patins, skates e mais ainda de bicicletas. Por ora os quatro decidiram que era melhor ir a pé, nesse ponto o “maravilhoso” plano de Joshua já tinha se desfalecido faz tempo e devido a isso a sua companhia não era uma das melhores que eu poderia pedir. Juliana e Gustavo eram como uma exemplo vivo de antítese: enquanto Juliana tinha olhos brilhante enquanto tentava força-lo a andar de braços dados com ela, Gustavo por outro lado estava impaciente e desatencioso, era só uma questão de tempo até Juliana vir falar conosco:

- Olha, eu agradeço que ele tenha vindo até aqui, mas qual diabos é o problema dele? Eu sou tão chata e não atraente assim? – Ao contrário do que pensávamos que Juliana viria nervosa, irritada e imperativa, ela estava mais para uma pessoa triste e com uma auto estima em vias de diminuição.

- Não é você o problema... – Disse Joshua. Agora ele se sentia complacente com a situação de Juliana. – Deixe comigo, eu vou falar com Gustavo, mas você vai ter que me prometer que vai parar de nos chantagear e parar de parecer uma apaixonada psicótica pelo Gustavo.

- Tudo bem Joshua... E me desculpe por tudo... – De algum lugar dentro da mente de Juliana estava saindo um certo arrependimento que seria muito vantajoso para Joshua.

- Você deve manter isso até mesmo se as coisas não derem certo.

- Joshua... Você daria um bom líder na robótica. – Com um sorriso meigo, Juliana virou e se sentou em um banco vazio até que ele fosse falar com Gustavo.

Joshua foi andando e aproveitando a leve brisa sem se preocupar com o tempo, afinal Gustavo estava relativamente perto dele. Quando chegou foi bem direto:

- Gustavo, eu nem tenho mais obrigação de fazer com que de certo entre vocês dois, porém ela parece realmente arrependida de toda a maluquice que fez e pelo jeito queria muito ter uma chance contigo.

- Bem cara... Você sabe que isso é muito complexo pra mim. Eu até acho ela uma pessoa interessante, mas acho que não é assim que as coisas funcionam. Mas eu vou dar chance pra ela... Vou tentar ser natural.

Os quatro amigos continuaram sua andança de forma bem tranquila e relaxada, desta forma Joshua não teve tempo de fazer nem metade do que planejava, mesmo assim foi uma boa tarde e tudo parecia bem, até a hora em que já na porta do parque no final da tarde, Joshua ouve uma voz atrás de seu ombro:

- Pelo jeito você não desistiu de minha filha não é mesmo?

sexta-feira, 4 de março de 2011

[Time 2 Think] Neon Genesis Evangelion



Ufa! Pensei que esse dia não chegaria. Enfim eu tenho um tempo e um espaço decente para escrever um pouco. Eu sei que dei uma sumida, mas a partir de agora terei picos de muito tempos para escrever textos e mais textos e em outros momentos irei sumir devido as provas na Unesp, engenharia não é pra qualquer um não. Espero que seja pra mim. Agora aproveitando a situação vou tentar fazer um post que já queria fazer a um bom tempo.

Mr. Silver

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Neon Genesis Evangelion.

Sou um grande fã de animes e mangás, porem sempre tem um anime ou outro que marca muito. Eu posso citar alguns exemplos: Beck, Full Metal Alcemist, True Tears, entre outros. Evangelion também é um destes e é a ele que eu dedico meu post. Algumas pessoas podem achar estranho eu comentar um anime que nem sequer chegou a um final definitivo, seja em sua historia em mangá ou no anime propriamente dito que tem previsão para acabar ainda esse ano com o lançamento de dois filmes. Mas vamos começar pela história básica.

Enredo.

O mundo está um caos devido a um evento conhecido como ‘’Segundo Impacto’’, a cidade de Tokyo está destruída assim como a vida de seus habitantes que vivem em função do ataque de entidades denominadas ‘’Anjos’’. Nesse épico caos surge Shinji, um jovem com personalidade incerta que é chamado por seu pai ausente para controlar um robô gigantesco conhecido como ‘’EVA’’, essa é aparentemente a única forma de derrotar os ‘’Anjos’’ e salvar o mundo. A princípio parece algo simples, porém Shinji enxerga o mundo e passa a se perguntar se vale a pena todo o esforço que ele faz, já que por mais que ele consiga junto com outros pilotos derrotar os monstros e salvar o mundo, muitas pessoas sentem consequências graves disso e acabam não agradecendo o grande esforço que Shinji e seus amigos fazem. Por isso o anime conta com diversas crises emocionais e discussões filosóficas internas. O criador do anime vai fundo em análises da psique humana.

The end of Evangelion.


Se você pensa que entendeu o final do anime, já está errado. O anime já é complexo e conforme os episódios passam você passa a entender cada vez menos do que está realmente se passando no mundo e passa a questionar você mesmo a respeito de sua vida e da humanidade. Afinal fica a grande duvida: ‘’O que diabos foi tudo isso?’’ É o que fica em sua cabeça nos instantes após o termino dos créditos, que também são confusos. Porém se você ver mais algumas vezes as cenas, interpretar uns diálogos com mais profundidade vai achar muito sentido dentro de tudo, porém é preciso um certo conhecimento prévio para entender uma parte importantíssima do enredo: a instrumentação da humanidade.

Instrumentação da humanidade


Este é um termo que você vai ouvir o tempo todo durante os episódios, a maioria dos fãs espera que esse conceito seja uma surpresa que será apresentada nos últimos episódios e se decepciona quando não acha nenhuma explicação. Não digo que seja impossível deduzir isso do enredo, porém é algo que o fã geralmente não está preparado para ficar pensando e repensando logo de cara, lá vamos nós então. Primeiramente pense em uma orquestra, em que cada instrumento produz um som diferente e único, cada um tem um timbre, ou seja, um som individual. Porém quando todos eles tocam em harmonia produzem um som conjunto que pode ser avaliado como um só. O mesmo pode ocorrer com a humanidade. Uma ficção cientifica muito antiga uma vez propôs uma humanidade que fosse um ser único em vez de um conjunto de seres humanos com suas individualidades. E você? O que escolheria? A individualidade?

Ainda depois de tudo isso, há uma mensagem que é mais precisa e presente no anime que é MUITO importante: as coisas poderiam ser diferentes. Pense nisso.