[E-book] Cruzando caminhos

Fim de semana cansativo, ENEM, suspensão do ENEM, que dias hein! Que venham os vestibulares e boa sorte a todos! Lá vai mais um capítulo! \o Enjoy it!

Mr. Silver tem o prazer de anunciar que o post de número 42 está chegando, o que acontecerá nele????

Diante da dúvida, ora gostava da Fernanda, ora desistia dela e gostava da Juliana, então a mesma gostava de seu amigo, ele se sentia só e seu primeiro amor lhe ofertava o beijo mais capitalista e consumista que já teria dado na vida, um beijo em troca de desconto no cinema. Sua decisão tinha que ser tomada logo, ele parecia sem forças de reagir diante disso, foi quando estava prestes a balbuciar sua resposta quando surgiu Vítor do meio do ‘nada’ dando risada:

- Qual é pessoal! Vamos ver o filme logo!

- Então, eu estou sem dinheiro e o Joshua estava tentando conseguir algum para pagar a minha entrada – Fernanda parecia muito envergonhada, como se tivesse medo de que Vítor suspeitasse de algo que tinha acabado de propor.

- Ah! Era só isso? Aqui está Fernanda, e ainda compre uma pipoca – Disse Vítor tirando uma nota de 50 reais da carteira. Após Fernanda comprar tudo que 50 reais permitiam dentro de um cinema, saíram abraçados, ela e Vítor. No começo do dia Joshua havia achado muito estranho a presença de Vítor no local, parecia alguém meio desnecessária para o encontro, entretanto agora tudo fazia sentido, os dois formavam um belo casal afinal. Enquanto eles entravam na sala de cinema sem dirigir sequer uma palavra a Joshua, o mesmo ia fechando sua carteira levemente molhada com um líquido mais concentrado do que água pura e andava de volta para casa, tivera sua chance perdida. Mas afinal, o que Vítor estava pensando?

Joshua não queria ter ido dia seguinte a aula, sabia que iriam questioná-lo a respeito do filme e ele daria alguma desculpa esfarrapada, como uma repentina dor de cabeça ou algo do tipo, todos engoliram, mas estavam começando a notar sua aparente falta de atenção e desânimo, tanto que em um dia na robótica, sem querer acertou uma chave de fenda em Juliana, por sorte, ela estava usando óculos de proteção. Ao final do dia ela veio falar com ele:

- Joshua, você parece estranho, tão estranho que nem briguei com você por não ter falado com o Gustavo! – Deu uma piscada bem charmosa depois de falar isso

- Será que ela poderia parar de falar nele por um instante? – Joshua já começava a se sentir meio nervoso com isso

- Vamos, desembuche! O que houve contigo? – Insistia Juliana

- Não é nada... – Os dois estavam sentados sozinhos na sala, ela olhou para os dois lados e disse em seu ouvido

- Vou te dar uma nova chance de me ajudar com o Gustavo, vai ter uma festa no próximo final de semana, na casa de uma amiga minha isso vai te fazer mais feliz – Joshua não conseguia imaginar como a festa poderia animá-lo, mas decidiu aceitar o convite. Ele nem imaginava como todos esses fatos poderiam levá-lo a me conhecer.

            Enquanto Joshua voltava para casa, passou pelo Hall do colégio, um local que chegava a ser sombrio de tão vazio e quieto que ficava àquela hora, se não fosse pelo barulho de Silmara trabalhando, quando estava passando ela chamou por ele:

- Hey! Garoto da robótica, poderia pegar meu RG que caiu no chão aqui em frente a bancada? – O Hall da escola era um lugar lindo, tinha pinturas pelas paredes, uma teto bem alto de madeira, um piso de assoalho bem liso que deixava bem confortável e prazerosa a oportunidade de andar um pouco mais por ele. Joshua foi caminhando até que enfim chegou no RG e como uma força do hábito verificou o ano do nascimento, um tanto indiscreto, mas pode ver a seguinte data: ‘21/12/1988’, ficou tão surpreso que não conseguia largar o documento.

- MAS QUE INDISCRISÇÃO! – Com esse berro ela pegou o documento da mão de Joshua

- Mas afinal, o que houve com a senhora?... Digo... Você...

- Bem, eu tenho uma doença muito rara, mas que é um segredo, um dia te explico melhor, você não pareceu tão assustado quanto eu esperava,meus parabéns, quando tivermos mais tempo eu lhe explico melhor, até mais. – Isso explicava a opinião tão diferente do que uma senhora de 60 anos teria, quando foi preencher o formulário de inscrição.