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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Party!


Ola leitores, dada a minha ausencia de posts, resolvi aumentar o tamanho do capítulo de hoje. E a obra de Mr. Silver dá mais um passo! Continuem comentando, este que vos escrever espera agradar a maioria!

As dificuldades que rondavam aquela festa para Joshua não paravam de aparecer em sua mente: ele não gostava de festas, se sentia mal nelas, se sentia triste e se não bastasse tantas outras coisas já típicas ele ainda teria de ajudar seu amigo com um relacionamento que ele não enxergava nem uma sombra de futuro. Conseguir entrar na festa não seria tão difícil afinal seguranças de festa geralmente eram facilmente ludibriados por ele, afinal as poucas vezes que foi em festas, se recusava a pagar por algo tão horripilante e excessivo. O plano seria o seguinte: Joshua e Gustavo entrariam juntos na festa, cada um iria para seu lado, dado o momento certo Joshua iria chamar a amiga que não desgrudava da Amanda, uma tal de Isabelle, cuja personalidade nem merece ser citada, para dançar e neste momento Gustavo chamaria a outra, o resto era na sorte mesmo; são nessas horas que se reconhece ou ser burro demais para fazer algo que vá nos envergonhar de verdade ou amigo o suficiente pra fazer algo que de qualquer forma será vergonhoso. O bom era que mesmo que o tal evento estivesse chegando ainda havia algo mais importante ainda para se preocupar, a robótica. A última reunião da semana no clube foi bem divertida e trabalhosa, já haviam definido qual seria o projeto, seria um robô de cerca de 30kg feito com as sucatas que conseguiram, 4 rodas, 6 motores, 4 deles iriam nas rodas para dar uma tração bem potente, outros 2 articulariam uma arma que ainda estavam articulando, bem afinal de contas o projeto estava quase pronto; como de praxe eles foram ao ‘tiozinho’ que hoje fazia pastéis, mas interessantemente aquela tarde foi diferente. Joshua estava ao lado de Juliana, conversando:

            - E ae Juliana o que espera do nosso robô? Infelizmente eu ainda não consigo ajudar muito, mas espero que ele se saia bem!

            - Ahh Joshua relaxe que aquela sua idéia a respeito do excesso de peso foi genial! Bem, eu espero que ele se saia bem também, mas depois eu vou te mostrar os robôs que nos derrotaram ano passado, são de dar medo! – Juliana fazia uma cara muito engraçada enquanto falava, era muito prazeroso conversar com ela.

            - He he Obrigado! Queria mesmo ter uma noção melhor dos outros robôs... Uma pena que esta tenha sido a última reunião da semana, amanha já terei que ir numa festa ‘cabulosa’ se é que me entende.

            - Haha qual? Não me diga que é a festa da Amanda?

            - Infelizmente é.

            - Poxa Joshua então eu também vou! Eu recebi o convite, mas não estava muito a fim de ir, mas já que você vai, eu também vou! – Nesse momento ela se segurou no braço de Joshua como uma forma de agradecimento, seus cabelos encostaram-se ao rosto de Joshua e uma sensação muito boa o invadiu algo que ele pensara não existir fora de seus sonhos. Exagero? Nem ele sabia explicar. Os dois se despediram e combinaram de se ver no dia da festa, o que seria amanha.

            O dia da festa chegou e Joshua foi a pé até a casa da Amanda, que ficava a no máximo 2 quarteirões de sua casa. Estava usando seus melhores tênis, camiseta, blusa, todos de uma marca bem capitalista e chamativa, afinal de contas ela era a comunista mais rica da região. A parte mais divertida ia ser o começo, afinal estava sem convite e 2 seguranças o aguardavam na porta da residência.

            - E ae moleque! Cade seu convite? Nem tente nos driblar, se não tiver nada, pique a mula! – O segurança parecia bem animado

- Bem, meus caros senhores, como devem ter reparado tudo que seu trabalho árduo gera nada mais é do que dor e sofrimento, não para mim, mas para vocês. Karl Marx já dizia que o nosso sistema capitalista. Karl Marx já dizia que o proletariado (vocês no caso) deve lutar por um sistema menos opressor e que apenas a luta revolucionária irá propiciar isso! Agora vocês vão se render a esta opressão e impedir um jovem dentro de todo seu vigor juvenil de participar de uma festa? – A sua garganta parecia prestes a explodir dada a pressa com que as palavras foram ditas.

- Caramba meu jovem... Eu vou sair essa semana mesmo atrás desse tal de Carlos Marx, bem, pode entrar!

Mais rápido do que ele mesmo esperava, estava dentro da festa. A festa em si não era muito ruim, mas Joshua nem sequer conhecia muitas pessoas interessantes e estava mais preocupado em fazer o que tinha que fazer e sair logo dali. Joshua e Gustavo se acharam na festa, pegaram uma bebida e ficaram 30 minutos até que Isabelle e Amanda ficassem em fim sozinhas (isso duraria no máximo 5 minutos, que era o tempo que as duas levavam juntas para articular um pensamento mais complexo), então os dois se dirigiram rapidamente, tinha que ser algo rápido, pois apenas a surpresa poderia fazer com que as duas aceitassem dançar sem pensar muito. Joshua foi o primeiro:

- Olá minha cara, está afim de uma dança?

- Por que não? – Respondeu Isabelle de prontidão, ela tinha lindos cabelos loiros e olhos azuis.

Em seguida foi a vez de Gustavo:

- Vamos... hum... dançar? – Ele estava claramente nervoso, mas ela aceitou. Joshua nem precisava gastar muito tempo enrolando ela, apenas tempo o suficiente para ela não atrapalhar seu amigo, então após uns 5 minutos fazendo alguma espécie de dança bizarra que nem ele entendia, ele foi pegar seu último refrigerante e sair dali sem ser notado e voltar pra casa a tempo de jogar alguma coisa. Mas no caminho viu Juliana sentada sozinha em um canto da varanda, simplesmente linda, em todos os aspectos, usava um vestido vermelho que combinava perfeitamente com seus maravilhosos cabelos, sapato cor de prata, ele se sentou ao seu lado;

- E ae o que está achando da festa Juliana?

- Chata, mas agora que está aqui vai ser mais divertido! – Ela se agarrou a seu braço e ficaram por muito tempo conversando, Joshua já havia perdido até mesmo sua noção de tempo, era uma conversa divertida, ela lhe dava atenção, as vezes encosta sua mão em seu braço, era algo simplesmente inacreditável. Seria uma das melhores noite de sua vida se não fosse pelo grito que escutou:

- JOSHUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA – Parecia uma voz feminina bem zangada. Ele saiu correndo, se despediu rapidamente de Juliana e não pode nem sequer ouvir suas última palavras:

- Faltou lhe dizer o mais importante Joshua... – Mas ele já estava longe, correndo.

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