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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

[E-book] Delegacia


Mr. Silver na área para vos apresentar mais um capítulo! Pra quem diz que azar pouco é bobagem, leia o capítulo!

A imgem do capítulo passado se referia a palavra em inglês para chantagem: ''blackmail'' ^^

ps: SIM. Eu gosto MUITO de Lego!


Aquele jeito da Juliana estava estranho. Joshua sabia que a Juliana era um pouco estranha, mas chantagem já era demais. Eu e ele nos olhamos com uma cara confusa e a perguntamos quase que ao mesmo tempo:

- O que você quer que a gente faça Juliana?

- O que vocês deveriam ter feito na festa! Dar um jeito de eu ficar com o Gustavo!

- Bem. Eu não posso garantir que você vai ficar com ele, mas posso tentar fazer vocês dois saírem. – Disse Joshua

- Hunf. Duvido que vá mesmo fazer, por isso eu já aviso. Se esquecer novamente eu ligo para o pai da Sofia e você tá ferrado!

- Ok. Ok. Será que pode nos deixar sozinhos agora?  - Ficamos juntos por mais de uma hora. Joshua estava começando a ficar menos tímido. Dizem que é comum quando se começa a amar.

No próximo dia de aula eu e ele contamos para todos nossos amigos (no caso de Joshua seria a equipe de robótica) sobre os acontecidos da festa. Nenhum de nós dois tinha idéia de como um se sentia feliz perto do outro. Estava tudo às mil maravilhas na vida de Joshua até ele ser o seguinte aviso:

‘’ O TORNEIO DE GUERRA DE ROBÔS FOI TRANSFERIDO PARA SEMANA QUE VEM NA SEXTA E NO SÁBADO’’

Não que o robô deles não estivesse pronto. O problema é que a equipe não parecia preparada para o que estava por vir. Joshua decidiu tentar ter uma aula normal, mas nem isso foi possível. Antes mesmo de chegar a sua sala de aula um policial o estava esperando ao lado de Gustavo na porta da sala. Todos os alunos iam entrando dizendo coisas sem sentido numa falha tentativa de ridicularizar o próximo, como se fossem os únicos a ter polegares indicadores. O policial era bem alto e imponente, disse com uma voz um tanto rouca:

- Vocês dois estão sendo acusados de tráfico de smokings suíços em uma rede internacional de máfia. Estarei levando-os agora para a delegacia – Joshua e Gustavo trocaram olhares que diziam: ‘’sabia que ia dar alguma coisa errada’’. Os dois saíram da escola cercados de olhares assustados, afinal era a primeira vez que algo do tipo acontecia no colégio. Entraram na viatura que tinha um policial já dentro. Ele era muito gordo, era branco e tinha uma barba rala.

- Esses moleques são mafiosos? Agora sim eu já vi de tudo na vida! – Disse o policial que estava dentro do carro.

- Calma Maurício. Eles são apenas suspeitos. – Disse seu parceiro que os fora buscar. Em seguida eles entraram no banco de trás da viatura já pensando em o quanto tudo isso poderia dar errado.

Chegaram em menos de quinze minutos à delegacia. Gustavo só havia estado uma vez. Uma vez. Uma única vez que as suas meras lembranças ainda lhe davam pesadelos. Conforme entravam, era possível ouvir o barulho de telefones tocando, pessoas falando, papéis sendo carimbadas, impressoras antigas tentando funcionar e muitos gritos. Foram rapidamente conduzidos a uma sala completamente deslocada. Tão deslocada de todo o resto que nem se ouvia todos os outros barulhos. Eles viam apenas algumas pessoas que pareciam muito atarefadas. Usando ternos, possivelmente investigadores e delegados. Enfim foram conduzidos até uma sala escura com um daqueles homens de terno, bafo de cigarro, barba rala. Ele nem sequer se apresentou, apenas começou dizendo:

- Vamos direto ao ponto. Diga o nome de quem está envolvido e o resto será burocrático.

- Mas... Do que está falando? – Indagou Joshua que a esta altura do campeonato já estava com as pernas bambas. Ele tentava não pensar no tamanho da confusão que tinham se envolvido.

- Ok. Você vai bancar o difícil. Te dou 500 reais e você escreve a mão o nome dos envolvidos daí o resto já é facilitado.

- Como assim? Está falando dos smokings da festa?

- Meu caro amigo...  Fecho com você em dois mil reais e você para de bancar o imbecil. Se você não fala o que quero, porque o seu amigo mudinho não fala?

- Bem... A verdade é que a gente ganhou aqueles smokings por engano...

- A VELHA HISTÓRIA. Será que três mil reais resolveriam enfim o problema de memória de vocês? Nós já sabemos que o velho do rochedo está no meio da jogada.

- Velho do que?

- Ok. Esta foi a conta d’água. Eu ofereço a vocês cem mil reais e uma viagem para o país da America latina que desejarem. Passaportes novos e uma vida nova. Agora me digam onde o resto está escondido.

- Desisto. Joshua você consegue explicar a ele que não sabemos de nada?

- Quer saber moleques? Vocês vão passar um dia aqui na penitenciária até a memória de vocês voltarem. Mas antes de tudo ofereço um milhão de reais e não se fala mais nisso. – Joshua agora via que a criminalidade realmente poderia dar dinheiro. Não dinheiro sujo, mas dinheiro vindo da própria polícia. Irônico.

- Esquece. Estamos mesmo ferrados. – Disseram Joshua e Gustavo ao saírem da sala de segurança. Mas no momento em que eles saíram  com a cabeça abaixada ouviram uma voz adulta e imponente:

- Tire as mãos desses dois. Eu sou o advogado deles e não vou permitir que fiquem aqui nem mais um minuto sem uma acusação oficial que contenha um mínimo de bom senso. – A voz vinha de um rapaz alto de cabelos escuros, pele muito branca. Ele era meu primo mais velho.

2 comentários:

Otima a citação do Douglas Adams!
Enigmático esta nova personagem!
 
AUHAUHAA Da-lhe Douglas Adams \o
 

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