Think!

This may make you think. It only depends on how big is your world.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

[E-book] Da torcida para o peito.


Bem gente, final de semestre é tenso. Simplesmente tenso. Mas se tudo der certo em breve chega um post sobre um anime. Se alguém achar interessante o post pode sugerir animes para eu falar sobre. Por ora. Lá vai mais um capítulo

Mr. Silver

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Eu pensei. Pensei e simplesmente não parei de pensar por um bom tempo.Tempo suficiente para que o homem discreto desaparecesse do meio campo de visão. A princípio eu tinha visto aquele garoto que acabara de descobrir o nome por um acaso como um par perfeito, uma pessoa para passar mais alguns meses antes de ambos nos decepcionarmos e seguirmos nossa vida da mesma forma que ocorrera com Joshua. Mas aquela frase foi como um estopim para uma reação muito forte em mim e eu pensava que naquele exato momento tudo que eu queria era ve-lo, abraçá-lo, senti-lo e acima de tudo estar com ele.

Nesse momento Alexandre enfim tomou atitude e foi tentar falar comigo, porém desta vez ele parecia só mais um “espinhento” que chegava em mim uma vez por mês para encher o saco.

- E ai Sofia. Meus amigos falam muito de você. Não sabia que gostava tanto de robótica. – Nesse momento me toquei que ainda estava com ela espécie de maquiagem no rosto e estava vestida como uma verdadeira torcedora oficial.

- Pois é... Mas é a primeira vez que torço... desse... jeito... – Nesse momento eu estava mais preocupada em achar logo Joshua no meio da torcida e elaborar algum tipo de plano maluco para chegar a ele.

- Devia torcer mais! É muito divertido! Eu gosto bastante de robótica também e estou pensando em entrar para o time , sabia? – Eu não havia ouvido essa frase porque tinha acabo de me lembrar, ou melhor, ver o meu maior impecilho: Fernanda.

- Por aí mesmo...

- Sofia? Tá me ouvindo? – Alexandre começou a se sentir incomodado com aquela falta de atenção. Antes eu parecia muito mais animada com a presença dele. Porque nesse momento eu só pensava em como conseguiria tirar aquele impecilho da minha frente.

Enquanto isso Joshua estava pensando em o quão idiota ele havia sido em se deixar levar pelo momento e ter ficado com Fernanda. Ela agora não saia do pé dele e algo dizia a ele que não era bem isso que ele queria ou imaginava; a garota que antes ele não conseguia tirar da mente agora não saia do pé dele. Na hora das premiações as torcidas e participantes dos dois colégio se dividiam em duas arquibancadas e Joshua estava olhando para mim enquanto eu falava com Alexandre (ou pelo menos era o que Alexandre estava tentando), a vontade de me ver era muito grande, mas ele também não podia simplesmente deixar a Fernanda sem mais nem menos.

A premiação se inicou com o discurso de um dos diretores do colégio Fênix que agradeceu a presença de todos e disse que todos os colégios estavam de parabéns pelo empenho e esforço, mas que infelizmente apenas um time poderia ganhar o prêmio mais almejado de “Campeã do Torneio”. Por mais que fosse um título de nome genérico, esse prêmio acumulava pontos que no final do ano eram computados e a equipe que tivesse mais pontos acumulados iria para o mundial representar o Brasil. Porém nenhum dos colégios que estavam ali presentes já havia conseguido essa façanha; o colégio Fênix atingira no máximo o segundo colocado brasileiro, todavia o primeiro lugar sempre acabava indo para um grupo do Rio Grande do Sul.

O diretor foi substituido por um dos narradores do evento que foi aos poucos chamando todas as equipes para receber as medalhas de participação e logo em seguida foi distribuindo todos os prêmios. Existiam os mais diversos tipos de congratulações, desde melhor torcida até melhor projeto mecânico e de programação. Uma equipe podia ganhar vários e não ser a campeã, assim como uma equipe podia não ganhar nenhum destes prêmios e mesmo assim ser a campeã.

O colégio de Joshua estava sem nenhum troféu, enquanto o meu já tinha 3: melhor projeto mecânico, melhor torcida e melhor vídeo promocional (um vídeo promovendo a equipe que todos eram obrigado a fazer como uma forma de exercitar a divulgação da robótica). Tudo indicava que meu colégio seria mais uma vez o vencedor. Porém foi na hora da revelação da equipe campeã que as coisas começaram a mudar. Como de praxe o narrador começou a dar características meio genéricas sobre a equipe que ele estava prestes a anunciar a equipe vencedora; porém sempre ao fim da descrição da equipe as características deixam de ser tão genéricas e passam a dar realmente dicas para deixar todos ainda mais ansiosos:

- Essa equipe na verdade não costuma ganhar tantos torneios, tantas partidas e nem sequer ganhou um prêmio aqui. – Com isso o meu colégio baixou o tom de sua torcida e todos ficam e um completo silêncio, era como se todas as equipes já não conseguissem se imaginar como vencedoras.

- É hora de anunciar a equipe vencedora... – Enquanto todos estavam em tensão e minha toricida já tinha desistido de gritar qualquer coisa, eu estava observando atentamente o rosto de Joshua e torcendo para que ele ganhasse.

- A equipe vencedora é do colégio... FÊNIX!!!! – A gritaria que veio em seguida já era de se esperar, mas o que deixou muita gente em silêncio foi quando eu comecei a gritar:

- AEEEE O JOSHUA GANHOU!!!!! AHHHHHHHHHH – Mas eu não estava nem aí pra nada, nem para uma Fernanda no pescoço do Joshua. E continuei quando mais pessoas estavam quietas:

- EU QUERO SIM NAMORAR COM VOCÊ JOSHUAAAAAAAA - Um homem discreto dava um sorriso discreto.

sábado, 11 de junho de 2011

[Time 2 Think] Quando você deseja algo a uma estrela.





Fazia muito tempo que eu não postava, mas aqui estou eu novamente, voltando das cinzas do tédio e das provas para lhes alegrar com um anime. Esse anime me foi proposto quando eu ainda estava no primeiro ou no segundo colegial, mas eu tive a oportunidade de ve-lo apenas esse ano em um dos finais de semana que passei na cidade de Guaratinguetá.


Mr. Silver


Tem alguns animes que marcam a minha vida, por me lembrarem de tempos da infância como Digimon, Dragon Ball Z, Yu Yu Haskuho; ou então por me lembrarem de alguma mudança de fase como Naruto, que marcou minha entrada no colegial e também minha entrada para a equipe de robótica que mudou minha vida. Porém alguns animes marcam devido a sua qualidade que é indiscutível independente da época em que vi. Um exemplo desses animes seria Eureka Seven. De uns anos para cá eu tinha decidido que evitaria ver animes com mais de 30 episódios, por achá-los demasiado longos e enfadonhos, mas esse desenho de 50 episódios me cativou demais.

Eureka Seven conta a história de Rentor Thorston, filho de um homem que salvou o mundo e morreu por isso. Vivendo sempre a sombra do herói que fora seu pai. Um grande fã de um espécie de surf aéreo, Renton logo no início se depara com Eureka, uma garota que foge um pouco dos padrões com um cabelo azul e personalidade bem reclusa; a partir daí se inicia o que parece ser apenas mais um romance “água com açúcar”, mas foi aí que me enganei. O jovem segue Eureka até a Gekko State, uma nave rebelde que se opõe com todas as forças contra as forças do governo. De alguma forma essa história me prendeu e segui assistindo embora começasse a achar que Renton ainda era muito infantil para entender toda aquela questão política e ser um verdadeiro membro ativo daquela história.

Os episódios vão passando e ao chegar na segunda temporada, mesmo sem o expectador saber, ele já está envolvido em uma trama densa que relaciona com a forma como os seres humanos encaram qualquer coisa que seja diferente, seja a natureza seja um comportamento, uma política centrada em fazer com que uma população sinta medo e ponha toda a confiança cegamente em um ditador e a confiança de alguém que não quer perder por nada.

Mas Eureka Seven não vai ser uma daquelas histórias em que um bom enredo supera uma trilha sonora mal trabalhada, efeitos deixando a desejar ou coisas assim, ele é um anime completo e digno de aplausos; a sua última abertura é de derramar lágrimas de emoção (principalmente se for ouvida no último episódio). As lutas são frenéticas e as cenas mais pacatas são recheadas de informação com um enredo impecável. Confesso que é um pouco suspeito ouvir de mim um fã de robôs falar sobre esse anime, por isso até agora eu estive me referindo a esta obra de maneira a não comentar sobre os robôs, mas eles são parte importante da história.

Quase todas as cenas de ação ocorrem com batalhas entre Nirvash Type 0, uma forma de vida que foi achada a muito tempo em uma escavação; muitos cientistas tentaram de várias formas colocar uma espécie de armadura em volta dele e obter alguém para pilotá-lo. Eureka foi a única capaz de fazer isso e passou a ser usada pelo exército para seus conflitos, mas é muito interessante que de certa forma Nirvash tem uma mente pensante e opinativa que conforme a situação se desenrola, um novo poder é despertado.


Por fim só posso dizer que é um anime imperdível que de certa forma me fez repensar parte da minha vida. Assim como toda a experiencia que temos e que de certa forma nos altera, esse anime alterou um pouco meu dia a dia e minha forma de ver as coisas. Espero que ele possa passar a mesma sensação a vocês.