Think!

This may make you think. It only depends on how big is your world.

terça-feira, 21 de maio de 2013

[E-book] Dois anos depois.

Muito tempo atrás, eu comecei uma história, que a princípio nem sequer tinha nome. Hoje ela é chamada de "Prólogo do Herói". Devido ao hiato que o blog teve, a história também parou, mas hoje eu volto com mais um capítulo!




Mal notei quando esta pessoa entrou no quarto, afinal eu não falava com ninguém há mais de dois meses e não esperava uma visita tão cedo. Estava completamente abalada, todavia ao invés de fazer como eu esperava que as primeiras pessoas que me encontrassem fizesse, que seria ficar me consolando e desejando boa sorte, ele simplesmente entrou e antes mesmo que eu pudesse processar a ideia de finalmente alguém ter tido coragem de adentrar meu espaço e falar comigo, ele já estava falando como se fosse um amigo que vai beber água e volta trazendo um novo assunto.
            - Eu também gostaria que fosse outra pessoa que viesse falar algo para você, porém de tanto tentar conseguir uma experiência melhor para você eu acabei quase que piorando devido ao tempo que passou. – Disse o homem de um jeito jovial e natural
            - Quem é você? – Indaguei eu antes mesmo de tentar entender o que ele tinha dito, ele estava com algum sotaque muito forte.
            - Bem, acredito que neste caso não tem problema eu me apresentar claramente. Meu nome é Silur Weber. Eu venho olhando seus passos a muito tempo, tanto por uma questão de obrigação quanto por uma questão de interesse.
            - Interesse em que? – Devido a falta de percepção do mundo ao meu redor eu ainda ficava muito confusa com tudo que me dizia, pois eu me utilizava muito do que via no semblante das pessoas para entender o real sentido das coisas.
            - Interesse em saber porque um documento sigiloso que eu adquiri a alguns anos atrás me diz que você não se pode dar ao luxo de ter um namorado ou algo assim devido a um risco em potencial. – Por mais que aquilo que ele falava fosse confuso de ser entendido devido ao seu forte sotaque e além disso serem coisas antes completamente desconhecidas por mim; Silur mantinha sempre o mesmo tom de voz e a tranquilidade.
            - Eu... Nunca... Ouvi falar de risco...  – Dizia eu gagejando.
            - Porém você foi aconselhada a não entrar em algum relacionamento com garotos, estou certo?
            - Sim... Mas eu pensei que fosse apenas ciúme ou algo do tipo... – Eu já estava começando a achar que aquele homem estava lá para me punir mais uma vez ou explicar tudo que havia acontecido.
            - Não se preocupe, pois não estou aqui para julgá-la ou coisa do tipo, para falar a verdade eu até mesmo incentivei o relacionamento seu com o jovem Joshua.
            - Você conhece Joshua? – Repentinamente todo o sentimento que tinha por Joshua emergiu em meu coração.
            - Falei pouco com ele, mas estou bem ciente sobre seus passos. O que exatamente você sente por ele?
            - Eu o AMO! – Eu falei rapidamente e sem pensar isso, já era algo muito exato isso para mim.
            - Agora que eu te disse que o fato de você ter um relacionamento com algum garoto pode ser um risco, você ainda assim tentaria continuar com ele? Considerando que a agência a qual eu represento tem influência mundial, então quando falamos em risco, nós não costumamos brincar.
            - Sim! – Sem pestanejar, nem considerar uma outra resposta eu disse isso. O mundo havia me destruído, me machucado e estava sendo muito injusto comigo. Eu não iria deixar o que eu sentia por Joshua ir embora, fosse qualquer motivo.
            - Infelizmente não há muitas coisas que eu possa fazer por você no atual momento, afinal o tempo é curto e você provavelmente já perdeu totalmente a sua noção de tempo. Por acaso quanto tempo você acha que já se passou desde o incidente que a deixou neste estado? – Por algum motivo eu estava confiando muito em Silur, mesmo ele não deixando transparecer em sua fala muito do que sentia e ser uma pessoa completamente desconhecida para mim.
            - Provavelmente cerca de dois meses.
            - Eu diria cerca de dois anos.
            - Dois... Anos... – Eu simplesmente não conseguia acreditar no que ele havia me dito. Era surreal demais, mas ao mesmo tempo começava a fazer sentido. Então comecei a me lembrar de crises de depressão, uma solidão sem fim, uma tentativa de me machucar muito que foi impedida por alguém desconhecido.
            - Tudo começou a voltar não?
            - Vol.. – Eu nem sequer conseguia terminar de falar, era tanta coisa que me passava na cabeça. Como estaria Joshua nesse momento?
            - JOSHUA! CADE ELE?
            - Você será capaz de ve-lo quando a hora certa chegar. Agora temos coisas mais importantes a serem verificadas.
            - O que pode ser mais importante do que saber onde está o Joshua?
            - Você gostava tanto assim dele?
            - Acho que com o tempo o gosto que temos de alguém aumenta exponencialmente e eu já o amava, mesmo que sem entender perfeitamente na época.
            - Bem, tem algo sim mais importante do que ele. Você. – Nesse momento Silur deu uma boa olhada meu rosto. Havia cicatrizes por todo o rosto, não era mais possível me reconhecer, meus olhos tinham um branco que beirava o fantasmagórico. Era impossível me ver e não impedir que uma lágrima escoresse pelo rosto.
            - O que fizeram com você foi imperdoável. Você deve ter deixar essa memória muito bem guardada em sua memória e não sou eu quem vai tirá-la de lá. Porém quando o dia de sua vingança chegar quero que conte comigo. -  No momento eu não entendia bem o que ele queria dizer, na minha mente eu sabia que algo muito ruim tinha acontecido comigo, mas minha mente e meu corpo acharam maneiras bem reclusivas de lidar com o problema, levou muito tempo até que eu compreendesse completamente tudo aquilo que o homem falava para mim
            - O que vamos fazer agora?
            - Agora? Você tem uma formatura para ir, venha cá, vou te ajudar com o vestido.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

O E-sport no Brasil







Faz muito tempo que não escrevo neste blog  e nem tenho certeza se alguém lia ou vai continuar lendo ele, porém desde o início esse blog era antes de tudo para mim mesmo. Quando eu estou nostálgico eu olho para ele e sinto orgulho do que fiz. Mas se eu gostava tanto por que parei de escrever repentinamente? Eu não sei dizer a resposta, sei dizer que o último post era sobre a chegada de 2012 e como eu estava com ótimas espectativas a respeito do ano, o fato é que 2012 foi o pior ano que eu já tive que passar. Eu tive ótimos momentos como o show do Foo Fighters no Lollapalooza que foi com certeza um dos melhores, quiça o melhor momento do ano inteiro. Todavia isso não foi suficiente para compensar as péssimas notas, crises de ansiedade, início da terapia, entre tantas outras coisas que marcaram o ano. Chegou  um ponto do ano em que eu simplesmente desisti de esperar algo dele e simplesmente esperei que 2013 chegasse e fosse um melhor ano. Vai ser um ano melhor? Não sei, não tem como dizer, sei que o fato de eu voltar a escrever é um ótimo sinal.
Por que voltei a escrever? Durante  o período de “hiato” do blog muitas pessoas me deram um feedback positivo; tanto antigos leitores, quanto pessoas que eu nem tinha apresentado o blog previamente. O meu estimado amigo Felipe Abreu(que eu nunca chamo de Felipe Abreu), voltou a essa vida de blogueiro e isso me incentivou ainda mais um pouquinho e algumas coisas na vida são simplesmente questão de tempo, como já dizia Ted do seriado “how i met your mother”: “Timming is everything”. Chegou o tempo de fazer isso, de escrever, mas o título do post é sobre e-sports e eu nem comecei , vamos lá!

Ao longo de 2012 eu me torneio um tanto quanto viciado empolgado com um jogo chamado “League of Legends”, cujo qual o cenário competitivo é muito patrocinado tanto no exterior quanto recentemente no Brasil também. Eu sempre gostei de acompanhar competições de todos os genêros inclusive de games, então posso dizer que o cenário competitio brasileiro não começou ontem. Ele começou a um certo tempo, quando o Brasil já era destaque em jogos como Battlefield , Counter Strike, Need For Speed, Fifa, entre outro. Sendo que a maioria dos eventos rolavam em etapas escondidas pelo Brasil e no mundial da WCG. Porém esses jogos mesmo tendo muitos jogadores no Brasil, não aumentavam muito a renda das empresas por trás de sua criação, tanto devido ao grande movimento de pirataria no país como também devido a pouca procura do jogo para fins competitivos. Porém isso tem mudado muito não só aqui como ao redor do mundo, jogadores profissionais tem surgido cada vez mais e empresas especializadas em equipamento para competidores como Razer, Cmstorm, entre outras ganham muito dinheiro com isso. No caso de League of Legends, o Brasil chamou tanto atenção que em pouco tempo depois de sua criação houve um movimento muito grande e sistemático para trazer uma experiência de maior qualidade para o país tupiniquim: servidores dedicados para diminuir a latência(tempo de resposta de comandos durante o jogo), eventos oficiais e dentro em breve já se espera uma vaga exclusiva para o torneio mundial quem sabe. League of Legends tem sido o maior destaque dos últimos dois anos em questão de jogos online: é o jogo mais jogado no mundo inteiro, teve a maior premiação da história do e-sports. O jogo em si é muito divertido, cada jogador controla um personagem e uma arena simétrica, o objetivo é chegar até a base adversário e derrotar a maior estrutura chamada “Nexus”, para agilizar o trabalho o jogador pode derrotar os personagens inimigos, ganhar um baita dinheiro extra e comprar itens que o tornam mais forte bem antes dos inimigos. O número de estratégias que existe é incrível. São mais de 100 personagens(chamados de Champions, ou, Campeões), um número enorme de itens e uma infinidade de estrátégias e combinações.

Esse investimento no Brasil é muito bom, porém existe um problema que nem que todos os engenheiros, técnicos da Riot(empresa que produz o jogo), viessem aqui conseguiriam resolver. Existe uma fama entre os jogadores do Brasil que no caso desse jogo eu vejo diariamente de perto que é um reflexo da cultura de muitos jovens que jogam: troll. Troll é uma figura muito presente em RPGs, livros como “O senhor dos anéis” ou outros livros épicos. Ele é arrogante, só pensa em si mesmo, dá trabalho lidar com ele, é grosseiro. Esse termo é muito utilizado para descrever a “massa” de jogadores daqui devido a péssima atitude na maioria dos jogos online, no caso de League of Legends, caso você não tenha amigos presentes você pode deixar que o jogo escolha seus parceiros, o que exige de você uma boa interação com seu time, respeito , dedicação; todavia não é isso que os gringos e nem mesmo nós mesmos vivemos. A maioria dos jogadores Br só pensa em si mesmo, poe a culpa em todo mundo menos em si mesmo, faz com o que o time perca de propósito, se acha o melhor do mundo, entre outras atitudes desagradáveis. O lado bom é que tudo isso não impede que ótimos eventos ocorram no Brasil. Esse ano durante um dos maiores eventos de tecnilogia em nosso país , a Campus Party, tivemos o prazer de sediar uma etapa da IEM(Intel Extreme Masters), evento mundial de jogos online. A questão é que durante a etapa toda o Brasil demonstrou que seu cenário competitivo ainda tem muito o que aprender, após tomar várias “surras”o próprio público já não botava mais tanta fé nos seus próprios times, foi aí que chegou o momento que me fez escrever esse post inteiro.
No segundo dia de evento, a primeira partida foi entre dois times brasileiros, a Nex Impetus(atual CNB), e a Keyd. A Keyd perdeu sem ter muitas chances. O segundo jogo seria entre a Keyd e o time favorito do evento, o time Lg IM. Um time koreano(Koréia, o país onde o e-sports é tão desenvolvido que a fama dos jogadores profissionais é compara a fama dos nossos jogadores de futebol). Antes da partida os narradores americanos disseram “A Keyd precisa é de um milagra para vencer esse time,eles perderam pros próprios brasileiros, praticamente não tem chances”. Confesso que eu mesmo não botava muita fé na partida, e no começo o Brasil fez o que estava fazendo tão bem no evento: tomando um “sarrafo” de um time estrangeiro, mas foi aos 18 minutos de jogo que eu me lembro até hoje que as coisas foram mudando, o Brasil foi fazendo boas jogadas e a soberania sul coreana começou a cair. Eu me juntei ao coro de vozes gritando “Eu sou brasileiro com muito orgulho e muito amor”, a cada morte do outro time , a cada batalha vencida minha voz ia se esvaindo de tanto gritar, até o grande momento:



Cadavez que vejo esse vídeo eu me arrepio dinovo como se eu estivesse lá dinovo. Esse foi o momento em que esqueci de todos os troll do jogo, todas as instabilidades do servidor, o preço absurdo para se comprar equipamentos profissionais para computador e meu tempo escasso para jogar e treinar e tive fé de que o Brasil um dia seria campeão mundial de League of Legends e eu poderei um dia gritar, mandar “héxitégui”, postar no face, escrever em tudo quanto é quanto “AQUI É BRASIL HUEHUEHUEHUEHUEHUEHUEHUEHUE”.
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