Think!

This may make you think. It only depends on how big is your world.

sábado, 31 de dezembro de 2011

[ESPECIAL] Que venha o apocalipse ZUMBI!


O ano tá acabando... Você e eu ficando mais velhos e as pessoas ficando mais burras ou mais inteligentes.


Mr. Silver

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Ano passado eu fiz um post bem simples e um tanto quanto “cético” quanto a toda a euforia do ano novo. A verdade é que aprendi muitas coisas esse ano e uma delas é que quanto mais conhecimento adquiri mais fácil foi ver as coisas de forma mais “sossegada” sem exageros. Portanto não fazia mais tanto sentido pro Silas de hoje ficar se gabando de que o tempo não existe e que não faz sentido comemorar o ano novo e mídia e whikas sache. O Silas de hoje prefere entrar na brincadeira, por motivos diversos, mas enfim vamos ao assunto.

Em 2011 um monte de coisa aconteceu. Primeiramente que por mais que o ano começasse no dia 1 de janeiro, para mim ainda era uma fase complexa enquanto aguardava o resultado do vestibular. Um mero resultado mudaria completamente minha vida, isso em teoria já era surpreendente, porém quando realmente aconteceu foi fenomenal. Pois bem, passei na Unesp de Guaratinguetá; aprendi a cantar hinos, a gritar pela faculdade, a me divertir de formas que nunca havia imaginado, a ir mal em provas mesmo estudando muito, enfim é incrível a faculdade e deve ser melhor ainda quando não se é bixo.(Que venha a fase “Sophomore”).

O Silas de 2010 nem pensava no que aprenderia na faculdade direito, já o Silas de agora está orgulhoso por ter conseguido passar nas matérias e estar ralando com a extensão universitária. Mas nem tudo no ano foi faculdade, vi amigos meus começarem a namorar, uns pararam de namorar, uns me decepcionaram, quem sabe decepcionei alguns. Tentei escrever mais para os blogs que participo, mas não consegui muito e quase abandonei este.

Se eu mudei tanto a cada ano, em 2012 deveria mudar também e este é o plano o plano é que o Silas do futuro consiga escrever dinovo no blog e dizer que conseguiu mudar um pouco e está feliz com isso, porque dá pra tirar notas, fazer amizades, ganhar dinheiro e ainda assim não alcançar a felicidade, e o que mais quero é isso. Felicidade. Que venha 2012 que eu já estou preparado pro que der e vier, mas pro que der mais trabalho conto com meus amigos de sempre que me ajudam sem nem saber! E mais uma coisa... Nada não.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

[ESPECIAL] Duas Décadas


Duas décadas, vinte anos, duas dezenas, foi o tempo que passou desde o dia em que eu e várias outras pessoas vieram ao mundo; a este mundo complexo e muitas vezes sem sentido aparente. Quando tento me imaginar com 10 anos me parece uma memória tão vaga e longínqua que fica até difícil dizer o que mudou, porém é bem claro que muito mudou, muito se fez e muito se aprendeu. Se aprendeu quer dizer que errou, se errou quer dizer que também já acertou. O mais importante de tudo isso não é quantas garotas voce ficou, quanto dinheiro voce arrecadou, em quais vestibulares passou, quantas pessoas deixou triste, quantas conseguiu melhorar o dia. Para mim o que realmente importa é se no meio de tudo isso alguma coisa foi aprendida, se algo evoluiu; se fosse possível voltar no tempo e olhar para você mesmo com 10 anos e se esse “você” iria se orgulhar de ver o que se tornará.

Eu fiz coisas pra caramba nessa vida, fui interessado em diversas garotas, tirei notas boas, notas ruins; conheci uma pessoa que lutou na guerra por nosso país, aprendi que nosso país também não ajudou muito na guerra, mas que no fundo a guerra não ajuda ninguém mesmo. Ouvi músicas que marcaram minha vida por me fazer lembrar de acontecimentos; fiquei ansioso em dia antes de excursão com a escola, passei mal em excursão da escola e acabei aprendendo que fazer a excursão quase que sozinho também pode ser bom considerando as condições locais. A escola que parecia ser o instituto supremo de conhecimento deixou de ser, pois quem sabe isso sem sequer exista. Fato é que não sei tudo, mas aprendi muito indo às aulas e deixei de aprende muito indo às aulas, aprendi muito também com a religião e descobri que esteriótipos de religião tem vários defeitos e que o importante é lutar por aquilo que acredita da forma que acha mais certa; aprendi também que diversas pessoas lutaram pelo que queriam e acabaram mortos. Fui muito ridicularizado e entendi que talvez que mais ridicularize seja o mais ridículo de todos; conheci pessoas com gostos semelhantes a mim e completamente diferentes dos seus pais, porém amo ambos. Tive a oportunidade de entrar para um grupo de amigos para chegar a conclusão de que amigos podem ser irmãos e que uma irmandade é muito mais forte que seu próprio nome. Tive amigos que não tenho mais contato, mas que ainda torço para alcançarem felicidade assim como eu busco. Inimigos não me faltará para a vida, porém posso dizer o mesmo dos amigos então a gente luta junto e tenta superar o que der. Descobri que superar não é a coisa mais fácil, do jeito mais dicífil. Me arrependi de uma porrada de coisas que fiz, que vi, que passei, mas ao mesmo tempo sinto que foi necessário e que uma hora faz até bem passar por certas coisas. Chinguei mais do que deveria menos pessoas do que mereciam. Aprendi que o mundo está lotado de gente que não vale a pena a própria existência, mas que estão aí e melhor do que matar todo mundo é saber viver junto e um bom jeito de fazer isso é com a música. Não existe algo como “música perfeita” ou “música ideal”, o que existe é fanboy irritante e artista pretencioso. Os ídolos de muitos foram atores, cantores, modelos, mas os meus foram pessoas que poucos conhecem. Notei que muito do que eu escolhia, do que eu gostava, era completamente diferente do que o que a maioria das pessoas pensava, todavia também notei que eu não me importava nem um pouco com isso. Sofri muito com o vestibular assim como muitos sofreram em um sistema injusto, impreciso e inútil de tentar avaliar a sua competência para merecer uma vaga em uma instituição de ensino público de qualidade. O fato é que passei, gritei, chorei e quase que não acreditei, mas quando realmente entrei na faculdade vi que a jornada estava apenas começando, e para falar a verdade a jornada da vida parece estar apenas começando. Curti muitas festas, alguns karaokes, alguns pubs, mas tem lugares que valem por muito mais do que tudo isso junto. Me descobri fascinado por robótica e resolvi lutar por isso, mas agora sei que não vai ser uma jornada das mais simples, porém talvez uma das mais gratificantes da minha vida.

Fiz de um tudo e no fundo fiz nada. Porém esse mínimo tanto que eu ja fiz da vida que se pudesse ser expresso em algo calculável seria um diferencial; posso dizer que vivi bem e que posso viver melhor ainda. Assim como disse no começo do texto que todo o dinheiro, status, etc acumulado na vida não indicava necessariamente uma vida melhor do que outra, devo também assumir que não sei bem o que contaria, só acho que aquele poema do Fernando Pessoas diz coisas bem razoáveis. Talvez o mundo seja o borjador e para passar por ele somente passando pela dor, mas como uma das coisas que eu mais quero é passar por este mundo confuso e meio sem razão às vezes, quem venha a dor! O que eu quero e espero para os próximos vinte anos? Que eu possa continuar encontrando por aí pessoas incríveis e que todo o meu amor, o qual serei atento, que não seja infinito posto que é uma chama, mas que seja eterno enquanto dure. Para os que ainda estão em dúvida sobre si mesmo, que tem dificuldade de se aceitar ou acha que não vai dar certo no final as coisas, escute uma boa música, cante com os amigos, dê risada e esqueça que o mundo funciona de outro jeito em outros lugares ao mesmo tempo, nem que seja por uma noite, por um dia, por um instante. Faz bem viu.

Tem algumas pessoas que precisam ser lembradas após essas duas décadas de vida, pois são pessoas que não são obrigadas a estar com você e mesmo assim te acompanham sempre que você precisa: os amigos. Tem alguns que já são como uma segunda família para mim. FELIZ 5 ANOS DE AMIZADE!

Felipe ‘Jassa’

Cara que eu conheci por um acaso pela internet que peguei amizade pra caramba, gosto musical ideal, fala o que pensa e acima de tudo pensa.

Gabriel Yuji

O que me fez conhecer boa parte dos meus melhores amigos hoje, começou a falar comigo perguntando se eu participava de campeonato de naruto. Sempre me diverto com esse.

Angelo Yukio

Camarada que posso contar sempre e que pode sempre contar comigo, passamos por momentos difíceis sempre juntos e mais do que nunca estou muito feliz por ele!

Marcela Garoli

Menina estranha que materializa fuscas do nada, acredita em padas, mas tem uma mente muito acima da idade dela e que diverte todo mundo!

Yo

O melhor nome do mundo! Cara muito inteligente que consigo confiar para falar vários pensamentos. Combinamos muitos projetos e graças a ele hoje escrevo o “Prólogo do Herói”

Kalel

Cara mais nerd que conheço, o que é um orgulho para mim. Falamos sobre tudo e estamos sempre nos ajudando a passar por momentos difíceis

Fadinha

Cara mais excentrico ever. Me viciou em “O guia do moxileiro das galaxias”. Até mais e obrigado pelos peixes e nunca se esqueça: 42.

Algumas pesosas eu perdi contato, outras eu decidi perder contato e algumas merecem não ter contato nenhum. Mas outros eu apenas não comentei aqui, mas são todos importantes! ANIME PAWAA!

O texto tem erros. A vida não é perfeita. É confuso. A vida não é simples.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

[E-book] Ataque.


Olá leitores, enfim mais um capítulo. Lá vem uma sequencia triste para a história, lhes garanto que não foi fácil decidir se traria essa parte mais triste agora mesmo. Mas enfim, caminhamos cada vez mais para o desfecho desta história.

Até a próxima.

Mr Silver.

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Eu e Joshua agora vivíamos muito bem, saíamos quase todos os dias e havíamos parado de falar sobre o que poderia acontecer, sobre o futuro, a vida, o universo e o resto o leitor já sabe. Todavia eu não continuei sem contar a meu pai sobre o nosso relacionamento e de tanto esconder já havíamos ficado bons em despistar as pessoas que não poderiam saber sobre nós. Enquanto isso Gustavo e Fernanda iam de bem a melhor, por muitas vezes a gente saia junto para comer em algumas lanchonetes, restaraurantes japoneses, entre outros lugares que pudessem ser interessantes. Tudo ia bem até que um dia eu cheguei em casa e meu pai já havia chegado mais cedo do trabalho, ele estava trajando um terno fino, estava com um copo de whisky vazio na mão. Ao seu lado estava um homem muito discreto que me levou até mesmo certo tempo para que eu notasse a sua presença, além disso eu tive a impressão de que já o havia visto antes.

- Eu acho que fui muito bonzinho com você até agora... – Começou a dizer meu pai que não ficava com essa cara furiosa e olhar profundo de alguém que acabara de tomar uma forte e difícil decisão.

- O que houve pai? – Eu já suspeitava que um dia isso poderia acontecer, mas eu estava com um mau pressentimento a respeito disso.

- Você e eu sabemos o que houve. Eu lhe disse que você não poderia namorar ninguém e que no tempo certo eu te contaria o motivo disso tudo.

- Mas pai... – Nesse momento o homem ao lado dele, que usava trajes muito semelhantes ao dele, mordia seus lábios com força.

- Você tinha que sair justamente com esse cara? Tudo bem que não faria tanta diferença, mas justamente ELE? – Ele começava a se exaltar.

- Eu prometo que vou parar...

- Eu não posso mais confiar em você e espero que um dia você possa entender o motivo disso tudo. Todavia as verbas para proteger você já não são mais as mesmas que eram antes, por isso algumas coisas nesta casa vão mudar.

- Eu vou mudar de colégio? – Essa seria uma reação clássica de besteirol americano que tenta falar sobre a vida escolar americana.

- Não. Você vai continuar lá... – Ele disse isso como alguém que diz algo que não havia pensado direito a respeito. – Vamos, suba para o seu quarto e dentro em breve eu lhe encontro lá.

- Mas Pai...

- JÁ CHEGA! SUBA! – Naquele momento eu sai correndo para meu quarto e Silver começou a falar com meu pai:

- Eu disse que faria mais sentido se tirasse ela da casa dela, mas já que você não quer dizer o plano que foi discutido com a diretoria...

- Isso não tem nada a ver com você.

- Então quem sabe eu deveria desfazer as coisas que já fiz para garantir que isso ai, seja lá o que for, dê certo.

- Não foi isso que eu quis dizer, mas você sabe muito bem que isso vive acontecendo no projeto Elektro...

- Você já está falando igualzinho a um daqueles engenheiros... Pelo menos consiga um diploma antes.

- E você fala como se nem fosse um engenheiro também.

- Ah! Mas nem me compare a eles né... – Com isso Silver se dirigiu de volta para sua casa e deixou que meu pai tomasse conta do resto.

Ao chegar no meu quarto, Geraldo não quis dizer nem sequer uma palavra, ele simplesmente tirou meu celular, meu computador, meu diário(com minha relutância), colocou por debaixo do braço e saiu andando. Ele não pregejou mais, não me bateu, não disse nada que eu não poderia mais fazer, nem seque me pos de castigo ou coisa assim. Eu nem sequer imaginava que o pior ainda estava por vir.

No dia seguinte depois da aula me dirigi ao colégio de Joshua, onde Gustavo e Juliana discutiam algo a respeito de baleiense:

- Mas se eles colocaram lá deve ter algo de verdade por trás disso! – Dizia Gustavo cheio de convicção.

- Gustavo, meu querido... Desista! Melhor a gente voltar a falar sobre videogames... – Dizia Juliana com uma voz cansada. Aparentemente alguns dias atrás ela deu a entender que estava se incomodando com o fato de Gustavo ser um tanto quanto lerdo e isso o preocupou, daí ele começou a tentar se mostrar inteligente com as coisas mais banais e fúteis possíveis.

- Olá pombinhos! Será que vocês viram o Joshua por ai? – Disse eu tentando parecer o mais animada possível e esconder minha preocupação com os acontecimentos do dia anterior.

- Ele está na sala de robótica, parece que eles estão aproveitando esse tempo sem competições para desenvolver algum novo projeto. – Disse o casal junto e logo depois deram umas risadinhas. Com isso eu sai correndo até a sala de robótica sem ligar para os olhares tortos dos alunos que me viam com um uniforme de uma escola “rival”.

Ao chegar na sala de robótica a situação era bem parecida com a que ele havia me descrito sobre o primeiro dia dele na equipe, só que desta vez ele fazia parte daquele cenário confuso cheio de gente jogando videoagame, um punhado trabalhando e um monte de gente procurando a Juliana que havia saído de lá para buscar umas engrenagens e não havia voltado. Em meio a tudo aquilo estava Joshua com um caderno fazendo alguns cálculos.

- Joshua! Que bom te ver! - Neste momento não pude esconder meu alívio, eu realmente estava pensando que meu pai iria acabar punindo Joshua em vez de me punir, de alguma forma muito desastrosa.

- É bom te ver também, mas... O que a traz aqui de repente? – Disse Joshua com uma cara espantada.

- Então essa é a famosa Sofia! – Disseram os outros membros do clube em coro. Com isso demos uma risada e fomos para fora da sala conversar e lá eu descrevi tudo que havia acontecido no dia anterior, inclusive sobre o homem ao lado de meu pai, no momento em que descrevi ele minha voz acabou se exaltando um pouco e Vítor apareceu na porta:

- Desculpa ai pessoal, mas não pude evitar ouvir essa última parte do que você estava falando e essa descrição bate com a lenda dos torneios de robótica! Silver! – Sem entender mais nada eu e Joshua nos dirigimos sozinhos para casa.

Ao chegar em casa tudo parecia normal e meu pai aparentemente iria demorar para chegar em casa. Cheia de pensamentos, dúvidas e poucas respostas na cabeça eu resolvi dormir mais cedo; porém no meio da noite meu sono foi quebrado pela entrada de homens mascarados no meu quarto. Eu pude ouvir a voz do meu pai na casa gritando alguma coisa e barulho de coisas quebrando por toda a casa.

- Achei ela! Hora de fazer o trabalho! – Foi o que um daqueles homens mascarados disse, ele usava calças pretas com uma corrente pendurada, uma camiseta de manga comprida preta com um crucifixo por cima. A cena daquela corrente trêmule e o crucifixo batendo em meu rosto foi a última que vi na minha vida.

domingo, 21 de agosto de 2011

[Time 2 Think] Bungaku Shojo



Olá, mais um anime sendo comentado no blog! Espero que gostem, me fez começar mais um livro esse anime! Haha. Até a próxima.


Mr. Silver


Já vim aqui falar sobre vários animes que contém desde 12 episódios até 50 episódios. Todos eles que foram muito marcantes para mim e que gostaria que fossem para vocês também. Porém hoje venho falar de um anime longa metragem que combina muito com esse blog que tem um livro sendo periodicamente publicado; assim que vi a sinopse eu me surpreendi: uma menina que comia livros. Pensei que poderia ou ser uma piada muito bem contada ou quem sabe um enredo muito criativo e agora posso dizer com certeza: é um enredo bem criativo e mais do que isso, extremamente envolvente que com certeza amantes da leitura irão se envolver e entender a mensagem por trás de tudo aquilo.

A história se dá início com um calouro chegando ao ensino médio quando encontra debaixo de uma árvore magnólia uma garota lendo um livro, até aí parece tudo normal, porém quando passa um tempo ele a vê pegando uma parte da página do livro e colocando na boca com uma expressão de felicidade contagiante. Afim de manter o segredo o estudante é obrigado a entrar no clube de literatura e escrever “lanches” para a sua veterana Amano Touko. Para quem vê o anime neste momento entende que Touko não como simplesmente papel, antes, ela absorve a história como se fosse um alimento, ela sente a maturidade de um autor mais velho, porém também aprecia o gosto de uma história jovem a amadora.

O desenvolver se dá de forma mais interessante quando o espectador fica sabendo sobre uma antiga história de uma menina que tenta cometer suicídio e quando todos achavam que ela já estava morta, ela aparece novamente e deslancha um desenrolar inesquecível.

Um dos fatores que mais me tocou nesse filme é o fato como é colocado a “absorção” do conteúdo, é algo que não acontece literalmente, mas que tem seu fundo de verdade. Quando se lê um livro com todo o seu espírito e vontade é como se você fosse capaz de “comer” cada palavra que o autor colocou alí.

Espero que gostem deste filme emocionante que com certeza é inesquecível.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

[Time 2 Think] O que é um nerd?





Olá leitores e leitoras deste humilde blog. Este é um post que fiz a um tempo atrás para o outro blog que participo e já tinha intenções de posta-lo aqui, mas havia me esquecido! Aqui vai!


Mr. Silver

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O que é um nerd?

Hoje em dia é comum colocar rótolos nas pessoas. Uma pessoa que se exercita muito é conhecida como o “bombado” e a partir daí são associadas várias características, como por exemplo, que ele fique com várias garotas, seja materialista e burro. Enquanto isso pessoas preocupadas com a saúde e que nunca usariam “bombas” para aumentar sua musculatura e são timidos para falar com asgarotas, se sentem injustiçadas ou pelo menos mal compreendidas. Se generalizarmos a sociedade pela sua maioria seria possivel dizer com certeza que se alguém o visse nesse exato momento lendo um texto em um site que fala sobre a Nintendo diria que você éum nerd, CDF e automaticamente já associaria esse rótulos a caracterisitcas como: não conseguir se relacionar bem com as pessoas e muito menos garotas ou garotos dependendo do seu sexo, estuda o dia todo e tira 10 em todas as provas, só pensa em ciencia e tecnologia. Mas voce que está lendo não é necessariamente tudo isso, pode até se considerar um nerd, mas não necessariamente tem características tão anti sociais ou especificas como as citadas. Mas então afinal o que um nerd se considera? Vamos com calma.

Primeiramente eu devo assumir que tive dificuldades em me considerar um nerd e mesmo assim eu ainda não falo isso para todas as pessoas, pra falar a verdade eu acho mais fácil alguém simplesmente notar e ter respeito do que sair falando por ai, um exemplo prático do que disse aconteceu comigo. Eu estava trabalhando em uma escola de idiomas e já me considerava um nerd e algupem que trabalhava comigo ficou sabendo, com isso eles começarma a falar que eu não era um nerd, pois um nerd eles sempre imaginaram como um garoto gordo usando roupas estranhas, babando e resolvendo equações do terceiro ano de faculde de física o dia todo. Estranho não? Você que deve estar interado sobre eventos de anime, férias de tecnologia entre outras coisas deve ter achado no mínimo estranha e até mesmo ofensiva essa descrição. A cultura nerd tem se propagado em larga escala nos meios de comunicação mais conhecidos; todo Anime Friends é recheado de jornalistas, a Campus Party já representa uma feira de alto nível no país e ambos os seus frequentadores tem algumas outras características em comum. Em geral os nerds de hoje em dia são pessoas muito interessadas em tecnolgia, cultura japonesa talvez, estão sempre que possível em busca de algum tipo de conhecimento diversificado e um tanto quanto alternativo, podendo variar desde a cultura japonesa, a lingua japonesa, linguagens de programação não aprendidas no colégio, etc. Tudo isso não significa que a pessoas necessariamente irá tirar boas notas na escola. Ser nerd representa estar ciente de uma diversificada gama de cultura, mas não se menospreze por não saber tudo que os autores do blog Jovem Nerd ficam falando, afinal definir um nerd não é como definir uma célula eucariótica que tem nucleo organizado entre outras caracterísitcas a mais. Ser um nerd varia de pessoa para pessoas, mas acima de TUDO, um nerd é uma pessoa que vai contra o que a maioria diz ou faz, o resto vai de cada pessoa e cada estilo.

O Gamer

Gamer é aquele cara que curte muito coisas relacionadas a videogames em geral, ele acompanha as noticias gerais de todos os jogou ou mais especificamente aquela série que ele tanto gosta e acompanhou ele por muito tempo, ou não. Em geral ele joga bem a maioria dos jogos devido a sua prática, mas não necessariamente é campeao de algum jogo. Com o contato constante com jogos em gerla são interessados em tecnologica também e podem acabar por dar origem a um site ou pelo menos acompanhar um blog relacionado a games, como você que neste momento lê esse amável blog sobre a Big N.


O Otaku

Esse já é um cara que gosta muito de cultura japonesa em geral, desde o animes até bandas niponicas. Frequentadores assíduos ou não de pelo menos os principais eventos de anime que em geral se localizam em São Paulo como Anime Friends e Anime Dreams. É precis muito cuidado, pois no Brasil o termo “otaku” ainda não é tratado como algo muito perjorativo, ele ainda pode ser relacionado com alguém que de vez em quando lê alguma série de mangá ou assiste a um episódio de anime. Porém no Japão esse já é um termo muito perjorativo e é sinonimo de alguém que não sai de casa, pois fica o dia todo vendo animes, é um pevertido que “brinca” com suas bonecas de personagens e isso vai de mal a pior. Mas não se preocupe leitor, no Brasil ainda não chegamos a esse nível de significado para a palavra, porém cuidado o preconeito está a solta.

O Geek


Um cara que gosta muito mesmo de tecnologia, em geral acompanha blogs de notícias, entende do funcionamento de diversos aparelhos eletrônicos. Nem sempre tem dinheiro para comprar tudo que pesquisa é claro. Este é o típico Geek, ele também curte muito ficção científica como Star Wars ou Star Trek, entre outros. Frequenta em geral feiras de tecnologia e entretenimento digital.

Estes são apenas exemplo gerais que eu usei, o leitor encontrá durante seu percurso de vida pessoas que gostam mais de RPG, outros que são muito fãs de física e estudam a física quântica quando ainda estão na oitava série. Por ora eu vou dar o meu perfil nerd:

“Gosto muito de videogames e sou fã em específico da série Zelda e o jogo de luta Soul Calibur. Acompanho animes desde o primeiro colegial, comecei com Naruto, mas hoje em dia já tive a oportunidade de conhecer diversos outros. Sou um grande fã do Rock japones, em especial acompanho a banda Do as Infinity. Mas dentre tudo isso acho que o que eu sou mais fã mesmo é a robótica e tecnologia, hoje eu estou cursando Engenharia Elétrica e pretendo passar parte da minha vida trabalhando em projetos de robótica ou tecnologia. Me dou muito bem com computadores, talvez nem tanto quanto alguns formandos em Ciencia da Computação do grupo, mas mesmo assim não passo vergonha e estou sempre em busca de mais e mais conhecimento. Conhecimento é a chave da minha vida.” Esta foi uma descrição simples, afinal somos muito mais do que um punhado de linhas. Quem puder no ajudar, por favor comente qual o seu estilo!

Até a próxima.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

[E-book] Silver


Enfim vamos falar mais sobre esse curioso personagem que recebe a minha alcunha hahaha. Um post por dia? Mas é um recorde!!! Deus salve as férias não é mesmo? hahaha


Mr Silver

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Silver era um homem de cerca de trinta anos que desde criança era fanático por robótica. Seu verdadeiro nome era Silur Weber, mas como todos acabavam tendo preguiça e se confundiam ao falar o nome dele acabou ficando conhecido como Silver. Antes mesmo de entrar na faculdade ele já era uma lenda nos torneios de robótica, tinha times que até mesmo esperavam para ver se o time da “lenda” se inscrevia antes de pensar em entrar para determinado torneio; não era pra menos já que ele parecia “respirar robótica”, via seriados, filmes, animes e pesquisava sobre isso o dia todo e se houvesse uma bolsa no Brasil para esse tipo de qualidade em universidades ele já teria conseguido na sétima série quando alcançou junto com seu time o título de campeão mundial pela primeira vez no torneio de Lego. Tudo na sua vida ia esplendidamente bem e ele entrou para um dos melhores cursos de engenharia do país na Universidade Estadual de Campinas. Lá seu destaque também foi presente garantindo títulos de campeão mundial a todo ano e não demorou muito para um homem chamado Julius chegar até ele em um dos campeonatos:

- Hey garoto! Meus parabéns! – Julius era um homem muito alto e vestia um terno risca de giz muito bonito com uma camisa branca e gravata vermelha. Silver já estava até mesmo acostumado a ser abordado por homens daquele tipo oferecendo empregos para quando ele se formasse, esse encontro aconteceu quando ele estava no seu terceiro ano de faculdade, o mais difícil por sinal.

- Muito obrigado senhor.

- Eu vou ser bem direto com você. É claramente notável que o sucesso do seu time não seria nem dez por cento disso sem a sua contribuição, você é o ás do time!

- Haha magina eu apenas estou fazendo o que mais gosto.

- Se me permite vou ser bem direto com você novamente. Você já pensou em mudar o mundo?

Como já foi dito, Silver recebia muitas propostas e ia colecionando elas para quando estivesse mais preparado para fazer um estágio, mas no fundo aquele monte de animes, séries, etc que ele havia assistido durante toda a sua vida o fizeram um pouco mais idealizador (além de vários documentários do Michael Moore que o fizeram “olhar meio torto” para o capitalismo), pensando em como a robótica e seus conhecimentos integrados poderiam fazer com que o mundo fosse um lugar melhor. Porém Silver já estava treinado para não demonstrar excessivo interesse pelo que essas pessoas fazendo propostas em torneios diziam.

- Fale-me mais sobre isso.

- Antes de qualquer coisa preciso testar seus conhecimentos, o que acha de fazer um teste de trina minutos em minha sala do evento?

- Pode ser... – Com isso os dois se dirigiram para um canto do evento onde os expositores deixavam suas coisa, mas a sala de Julius era completamente diferente do amontoado de materias das outras, era mais como uma daquelas salas de testes d MIB.

- Pode se sentar – Indicou Julius apontando para uma cadeira vermelha que mais parecia um ovo aberto na lateral.

- É a respeito do que o teste exatamente?

- Você entenderá... Tem trinta minutos para responder o máximo que puder. – Com isso ele entregou a Silver um calhamaço de folhas que parecia ser impossível sequer de ler em trinta minutos. Mas ele era o tipo de cara que pegava uma prova que não sabia nada e nem sequer fazia cara feia então simplesmente começou a ler a primeira questão.

A prova consistia em uma série de questões que mesmo para o pior professor de uma das faculdades de engenharia mais difícies e com maior índice de professores anormais (Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá), seria considerada absurda. Havia uma lista de palavras em búlgaro e umas regras para serem usadas na tradução de um texto, uma integral que nenhuma pessoa na história já tinha conseguido resolver, um algoritmo de uma linguagem de programação já bem antiga. Com vinte minutos ele simplesmente não tivera a menor chance contra a prova então decidiu que talvez houvesse algo por trás daquilo. Folheou todas as páginas até que chegou em uma que tinha o seguinte título: “Como ganhar desta prova”. Havia uma lista das questões que tinham algum valor, das que tiravam pontos caso voce acertasse, entre outras dicas; mesmo assim ainda seria dificil terminar em apenas dez minutos por isso fez o máximo que conseguiu.

Julius nunca vira uma prova tão boa quanto aquela. Aquele era um teste padrão que o projeto Elektro usava para testar parte de seus candidatos, embora Silver fosse uma exceção que não havia se interessado de antemão mas sim haviam se interessado por ele.

- Bem... Antes de lhe falar qualquer outra coisa eu preciso de uma reposta desta vez.. – Mas antes que Juliu terminasse a frase Silver já se pronunciou com uma vo firme:

- EU QUERO SIM MUDAR O MUNDO!

O projeto Elektro consistia em uma tentativa de criar um “herói”, baseado nas previsões de psicohistoriadores, psicólogos, estudiosos da política, físicos, matemáticos, engenheiros entre outros tantos especialistas; a ideia era fazer um robô, um ser humano alterado ou qualquer coisa do tipo que pudesse trabalhar sobre o grande caos que o mundo viria a se tornar chegando ao seu ápice no ano de 2050, quando a miséria e todos os erros dos homens estariam sendo ignorados, a saúde teria se tornado algo de grande calamidade e em meio a isso e outras coisas a tecnologia não iria parar de avançar de forma até mesmo indevida. O caso é que desde quando Silver começou suas atividades lá até quando ele alcançou os seus trina anos muita coisa havia mudado já e ele não concordava com as medidas extremistas que os atuais líderes do projeto propunham e isso incluia um evento que ficou marcado para aquele grupo como “Ditadura de um dia”.


quarta-feira, 20 de julho de 2011

[E-book] Walk


Mr. Silver na área com mais um capítulo! Um post por dia? Quem me dera. Vou aproveitar esse meio de férias para escrever mais!

Um feliz dia do amigo a toda a rapaziada da I.I. Ao Kalel que deu origem ao nome do personagem principal desta história e a todos os meus outros amigos que não me deixaram sozinho nessa vida difícil!

Mr. Silver

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O lugar ficou em completo silêncio, era como se todos que tivessem ouvido aquilo estivessem sentindo vergonha por mim. Joshua, o garoto sentado ao meu lado, Fernanda e principalmente eu parecíamos tomates de tão vermelhos que estávamos. Até mesmo o homem que acabara de anunciar o vencedor ficou quieto e como se eu já não tivéssemos contrangidos o suficiente com o que eu acabara de dizer ele resolveu completar o clima:

- Pelo jeito acabamos de ter uma declaração de amor durante o torneio! Isso é emocionante!

A verdade era que o nome desse apresentador era Julio e ele sempre quis fazer parte disso. Grande apreciador de novelas, seriados melosos e animes shoujos ele pensava que um namoro ou casamento pedido de forma curiosa, criativa teria sempre um final feliz. Porém seus pais se separaram quando ele era bem pequeno e aos 15 anos ele descobrira que seu pai havia se declarado de uma forma muito criativa. Como ele era um desenvolvedor de games e sua mulher também era apaixonada por videogames, ele decidiu criar sua própria versão do jogo Final Fantasy onde após umas 30 horas de jogos o pedido de casamento acontecia pelo próprio jogo na fala de um personagem. Infelizmente com o fim do casamento uma das coisas que a mae de Julio dizia era: “Você SEMPRE foi lerdo! Até na hora de pedir em casamento! Precisava de 30 horas!?”. Esse tipo de situação acabou desanimando-o, porém uma ponta de esperança resurgia com a minha declaração então ele não perdeu a oportunidade e continuou falando:

- O casal poderia por gentileza vir até aqui na frente? – Como eu já estava decidida e pensei que pior que aquilo não ficava sai no mesmo momento do banco e com minha cara fechada, como uma criança que não vai aceitar um não como resposta, parei ao lado do apresentador.

Joshua simplesmente não sabia o que fazer, embora Fernanda não dissesse uma palavra o braço dela estava envolto nele de uma forma que o intimidava. Eu sabia que no fundo (nem tá tão fundo se a minha humildade permite) ele também queria sair correndo dali, todavia o tempo passava e ele não fazia nada. Todos olhavam ansiosamente por algum desfecho daquilo e como toda boa situação brasileira algum sem noção que fala alto tinha que se pronunciar:

- HEY! VAI LOGO A MENINA TE AMA! – Disse um típico tiozão com pinta de caminhoneiro e voz grossa. Após isso várias pessoas também gritavam e pela primeira vez em muito tempo eu realmente me impressionei com Joshua: ele pegou levemente as duas mãos da Fernanda, disse uma frase em seu ouvido que futuramente descobri serem: “Eu sempre achei que você fosse a garota, mas como eu tentava dizer ontem, eu infelizmente me confundi e você não merece alguém confuso como eu nesse momento”, lágrimas começaram a sair dos olhos de Fernanda e ela respondeu no ouvido de Joshua: “Na verdade você não tentou falar nada ontem, mas vou deixar a Sofia ganhar dessa vez então...”.

Joshua saiu correndo a nos abraçamos por um tempo que eu sinceramente até hoje não sei definir, pode muito bem ter sido uma eternidade, alguns instantes, mas foi um quanta exato para que nossos corpos matassem a saudade um do outro e não levou mais do que um instante para todas as torcidas, apreciadores do torneio, organizadores e todos mais se levantarem e começarem a bater palmas, o DJ colocou uma música animada quando começamos a nos beijar, a música era “Walk” do Foo Fighters. Ao deixarmos de nos abraçar o time inteiro de Joshua e o time inteiro do meu colégio saíram correndo para pular e gritar junto com a gente, era como se não houvesse torneio, não houvessem prêmios ou rivalidades e desta vez fosse apenas uma comemoração pelo amor de duas pessoas.

Um homem discreto era a única pessoa do local que ainda mantinha um semblante sério perante tudo aquilo e pensava: “Igualzinho ao Julius....

Eu e Joshua decidimos começar do começo da melhor forma e sem mentiras. Eu disse a situação com toda a minha sinceridade e expliquei que se ele quisesse ficar comigo deveríamos ser discretos e não poderíamos deixar meu pai ficar sabendo de tudo aquilo. Para nós era tudo uma grande aventura sem limites, porém aquilo era algo muito sério para um grupo de cientistas e alguns portadores do título recentemente criado de psicohistoriadores, estes nada mais eram do que uma mistura de matemática, psicologia e história; não demorou muito para que o vídeo do final daquele torneio fosse para o Youtube e a história se tornasse um marco para as competições de robótica e com essa notícia o tal grupo de cientistas tiveram que marcar mais uma reunião que já começaria muito calorosa:

- Silver! Eu pensei que você iria tomar conta do assunto! O que isso significa? – Disse um senhor de aproximadamente 60 anos apontando o dedo para a tela de um computador com o vídeo do torneio de robótica que todos não paravam de comentar.

- Eu tomei conta da minha própria maneira. Olha eu não sou babá de ninguém e também já disse minha opinião a cerca da vida desses garotos.

- Eu cansei! Já avisei ao pai da Sofia sobre a gravidade do assunto mais uma vez e disse para ele tomar as devidas providências a cerca do casal.

- E o que vai falar para a mãe de Joshua? Ou será que já não tem mais coragem de falar com ela? – Com essa sentença Silver fez com que aquele psicohistoriador ficasse muito corado fazendo com que um homem de aparência muito imponente abrisse a porta com um estrondo e dissesse olhando diretamente para os olhos de Silver:

- Julius sabe exatamente o que vem se passando e eu não vejo necessidade de mais de um membro da família sabendo do desenvolvimento de todo o processo, agora venha aqui Silver que precisamos terminar os preparativos para a largada do projeto Elektro – Silver simplesmente não aguentava mais ouvir “Elektro”.


terça-feira, 19 de julho de 2011

[Time 2 Think] 22 anos


Mais um post! Férias na metade já o que é uma tristeza, vou aproveitar e postar tudo que for possível até o início do próximo semestre. Quem tiver 22 anos,mais do que isso ou estiver próximo; por favor comente! ;D


Mr. Silver


E os 16 anos? Quando eu tinha cerca de 12 anos eu lembro que meu irmão aprontava várias coisas que faziam minha mãe ficar realmente brava como ir para festas e só voltar no dia seguinte, fazer trabalhos em cima da hora, receber más recomendações dos professores. Meu irmão sempre foi um cara que curtia muito sair com os amigos, ir para baladas e não se importava se o excesso disso pudesse deixar meus pais bem estressados. Lembro-me de uma certa vez que meu irmão ligou para casa umas 3 da manhã dizendo que ia dormir na casa de um amigo e meu pai gritava e gritava dizendo que era pra ele voltar pra casa. Enfim isso meio que me “traumatizou” e fiquei pensando como seria quando eu tivesse 16 anos; por um lado pensava que eu teria uma vida social bem mais ativa, vários amigos, garotas e etc. Com isso os anos foram passando e minha mãe ia sendo cada vez mais rígida comigo, essa era uma forma que minha mãe achava para evitar que eu fosse um filho “rebelde”. Por fim aos meus 16 anos comecei a frequentar eventos de anime, mudei de colégio, viajei com a equipe de robótica para o Rio Grande do Sul, viajei para Jundiaí com meus melhores amigos. Por fim tive uma vida muito diferente da do meu irmão e não “aprontei” tanto.

E os 22 anos? Me sinto como quando eu tinha uns 12 anos novamente esperando por uma nva idade: os 22 anos. O motivo vem de um fato que venho notado em vários animes e mangás onde o personagem principal começa seu discurso logo no inicio da história da seguinte maneira em geral: “Olá sou fulano tenho 22 anos e sou solteiro”. Esses personagens em geral são loosers que veem essa idade como um ápice de aceitação de que suas vidas sociais estavam estagnadas. Exemplos: em Love Hina o personagem principal chamado de Keitaro começa se declarando com 22 anos, reprovado do vestibular umas 3 vezes, desempregado e sem namorada; felizmente com o desenrolar do anime ele acaba conseguindo uma namorada, passa no vestibular, porém eu senti que o fato de ele ter alcançado os 22 anos naquele estado era como uma vergonha para a sociedade. Será que a sociedade japonesa tem alguma “cisma” com essa idade?. Meu segundo exemplo vem do anime Welcome to the N.H.K.! onde o personagem de personalidade discutível é um hikikomori(jovem que não sai de casa, é um completo anti social e futuro NEET), ele começa sua história com 22 anos e é justamente nessa idade que ele mais se dá conta de sua condição de hikikomori e também o ápice de seu comportamento, usando drogas, fumando, comendo apenas “porcarias”, com o decorrer do anime ele vai aos poucos melhorando e piorando até alcançar um desfecho demais. Ambos os animes eu pretendo abordar de forma separada neste blog, mas já fica a idéia.

Enfim. O que os 22 anos me aguardam? Eu estarei no meu terceiro ano de faculdade e espero ter esse blog ainda. E os leitores? O que acham que acontece nos tais 22 anos?²


sexta-feira, 8 de julho de 2011

[Anime Friends] Dia 8


Anime Friends é um evento que eu não consigo mais imaginar fora das minhas férias. Desta maneira eu e minha trupe da NParty, o outro blog da qual eu participo, fomos ao evento, confira essa matéria demais!


Mr. Silver

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Primeiro dia do maior evento de anime da America Latina! Não tínhamos nada a perder e nos dedicamos muito desde o dia anterior com a decoração da sala. É obvio que encontramos alguns problemas dos mais diversos tipos, mas com árduo trabalho e muitas (muitas mesmo) risadas a equipe da N Party mais uma vez marcou presença no Anime Friends com torneios, jogatinas, uma sala muito bem decorada, visita de staffs entre outras coisas.


Primeiramente a organização do dia anterior. Chegamos lá e nos deparamos com uma sala grande, mas com alguns espaços não funcionais e apenas duas tomadas que necessitavam de um transformador, além da falta de mesas e cadeiras. A parte dos problemas causados na tentativa de arrumar esse último, a equipe conseguiu um transformador que já estava preparado para a situação, organizamos o espaço de forma que não fosse preciso muitas cadeiras e mesas aproveitando assim alguns locais da sala com carpetes para que a jogatina com o Nintendo DS não fosse prejudicada e sim até mais bem colocada em um espaço mais confortável.

O primeiro dia de evento costuma ser um dia pouco movimentado e não foi diferente desta vez, embora houvessem pessoas em todos os lugares do evento, não havia aglomerações nem uma multidão de pessoas tentando entrar em salas abarrotadas de pessoas. Todavia isso não imepediu que logo no início do evento pessoas passasem perto da sala e dissessem coisas como: “Uau! Um Nintendo 64!” Nisso várias pessoas vinham a sala e ficavam horas jogando Street Fighter II para SNES, Mario Tennis para N64 e Wario Ware para Wii. Falando nisso, o nosso primeiro campeonato foi nada mais nada menos do que o próprio Wario Ware. Contou a participação de 6 pessoas e garantiu muitas risadas e tensão. Ao final tivemos os seguinte vencedores:



1° Lugar - Rodrigo SPQ

2° Lugar - Felipe SW

3° Lugar - Vinícius Fernandes Chagas

Lembrando que todos os primeiros colocados receberam medalhas, bonés. Todos os que ficaram na segunda posição de qualquer torneio receberam um poster promocional, além de um cubo promocional também. E quem ficou em terceir lugar não precisava chorar, pois também ganhava um cubo (Staffs que dessem sorte em torneio de Mario Kart DS também ganhavam um cubo depois de muita insistência, mas isso é outra história).

Entre um torneio e outro é sempre bom dar uma olhada no resto do evento e no pouco tempo que rodei, olha só o que achei:


O segundo torneio do dia foi do popular Mario Kart DS. Conseguimos reunir 6 pessoas, foi muito disputado com finais de corridas eletrizantes, cascos azuis, estrelas intermináveis, cascos verdes bem mirados que me acertaram várias vezes, mas ao fim todos os torneios temos os campeões:


1° Lugar – Silas ‘Silver’ Vergilio (Mr. Silver)

2°Lugar - Yuji Vital

3° Lugar - Paulo

A premiação foi a mesma, porém como eu fui o vencedor, eu cedi meu prêmio para o segundo colocado(a não ser a medalha).

Após tantas jogatinas foi o fim da participação da N Party no evento. Todos se foram e apenas aquele que vos escreve teve que esperar pela carona e não vendo mais nada para fazer fui ver o show de uma banda cujo som pouco me agrada, porém ao chegar lá me deparei com algo um tanto quanto inesperado.

Primeiramente o show em si era como eu já esperava, uma música que eu não curto muito. O interessante foi que eles respeitaram muito bem o público, agradeceram ao evento e souberam lidar com os emprevistos numa boa, até aí já se espera disso numa banda experiente. Mas o mais interessante veio no fim. Primeiramente deixe-me recapitular: quando essa banda foi anunciada muitos e quando eu digo muitos eu quero dizer MUITOS; torceram o nariz e ficaram até com medo do pessoal que poderia ser encontrado no evento a partir daquilo. Falaram que a banda não se encaixava com o ambiente do evento e que isso iria apenas piorar o evento. Essa reação não mudou hoje; mas na última música eu acho que o Fresno terminou aquele dia de evento merecendo muito estar lá. Ele primeiramente disse que um cosplay de Super Mario tinha sido um dos melhores cosplays que ele havia visto no evento(Big N WINS). Depois ele foi coletando alguns chapeus de games, e apetrechos normais para otakus e disse que ia guardar porque ele “pagava um pau” para aquele estilo e no fim o vocalista fez uma espécie de “discurso” que vou tentar parafrasear:

“Eu vejo aqui muitas pessoas mais novas do que eu. Eu primeiramente desejo a todos uma vida feliz e de muito sucesso. Porém nessa vida a gente ainda vai encontrar muito filha da mãe que vai tentar ficar julgando vocês, mas eu quero que vocês fiquem de cabeça pra cima e não deixem que ninguém fique julgando vocês. Sejam felizes, seja andando de cosplay, seja vendo anime, seja fazendo o que quiser! Vocês são os únicos donos de si mesmos.”

E como se já não bastasse ele lançou ainda essa quando tentaram fazer bate cabeça na última música:


“Bombeiros, é pra deixar fazer bate cabeça, não é briga e se for briga o cara vai tomar um pau! Se alguem se machucar eu me responsabilizo, mas eu quero deixar o bate cabeça!"

Sem mais comentários.

Até a próxima.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

[Time 2 Think] Clannad


FÉRIAS!!!!!! Começando as férias com o pé direito, começo com o post de um animê que vi enquanto estudava pras minhas 12 matérias da faculdade: Clannad. Espero que tenham paciência, mas em breve daria sequência ao prólogo do herói! I promise.


Please comment. ;D


Mr. Silver

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Neste blog eu já falei sobre animes como Eureka Seven e Evangelion. Em ambos eu me emocionei muito com a profundidade que o enredo toma principalmente perto do final, porém o foco principal batalhas, o destino do mundo, entre outros temas característicos de anime. Porém o anime que eu vou comentar agora não tem um foco como esse, a história é como a vida, ela vai se desenrolando, se resolvendo e você se sente como se vivesse junto com todos os personagens(que não são poucos). Caso o leitor decida após esse post ver o anime, vai ver comentários como: “Impossível não chorar com esse anime”, ou então “Um anime muito emocionante que marcou minha vida”. Eu tive contato com esse tipo de comentário e achei que fosse encontrar um anime onde eu ficasse sério o tempo todo e quase alcançasse lágrimas logo de início, todavianão é bem assim que as coisas vão acontecer.

O anime começa com Tomoya Okazaki falando sobre o quanto ele odeia a sua cidade, a sua escola e quando está subindo a colina ele encontra Nagisa Furukawa, uma aluna que é veterana como ele, mas que repetiu uma vez o último ano devido a uma doença que nem os médicos sabem desvendar. Nagisa é uma garota muito insegura que tem dificuldade em conseguir fazer novos amigos e Tomoya é uma das primeiras pessoas que se dispoe a falar com Nagisa afim de se tornar seu amigo e mais ainda: ele está disposto a ajudá-la a realizar um sonho: criar enfim um clube de teatro no colégio. Com o decorrer da história Nagisa e Tomoya se encontram com os mais variados tipos de personagens, por exemplo: Tomoyo, uma garota que luta pela justiça desafiando gangues, Kotomi que é uma garota gênio de personalidade bem tímida e com extremas dificuldades de conseguir novos amigos,Kyou Fujibayashi que irá garantir muitas risadas com sua personalidade agressiva e ótimo senso de humor. Isso mesmo leitores, risadas. Logo de cara Clannad vai lhe fazer dar várias risadas, ficar sério algumas vezes, mas na maioria dos momentos irá lhe deixar rindo bastante.

O leitor irá questionar: “Se você deu tantas risadas assim, porque Clannad é considerado um drama?”. É difícil não se apaixonar pela série vendo os primeiros 24 episódios e com isso você segue para Clannad: After Story. De início é apenas uma continuação da série original, mas desta vez o foco está em Nagisa. Devido aos inúmeros problemas de saúde o drama começa e eu lhe digo com toda a certeza: “O episódio dezesseis de Clannad After Story é marcante”. Eu me arrisco em dizer que toda a fama de Calnnad gira em torno do que ocorre neste episódio e a partir dele muitas lições de vida surgem sem parar. A partir dessa visão completa do anime eu hei de confessar que tenho agora a mesma opinião ou pelo menos uma opinião semelhante a das pessoas que comentava sobre o anime antes de eu ver. Um anime para chorar: Clannad.

Há uma característica que já reconheci em literatura japonesa, em cinema japonês e agora vejo neste anime: você está la vendo os personagens felizes, se divertindo, levante uma vida confortável e sem mais nem menos “BANG!” uma tristeza que beira o horripilante toma conta do enredo, coisas horríveis acontecem e o sorriso de um ou dois episódios atrás é substituido por lágrimas. DE ONDE VEM TANTA TRISTEZA?? Pronto esse foi um desabafo necessário deste autor.



A trilha sonora completa com chave de ouro as principais características de Clannad. O que no começo parecia apenas uma musiquinha irritante que não combinava com a série, se torna uma música de diferentes arranjos cuja mera aparição curta ou longa já o emociona. Me lembro que no dia que vi o episódio 16 eu não conseguia ouvir "Big Dango Family" sem me ver perdido nos pensamentos.

Há mais um ponto importante no anime, que é um mundo que aparece ocasionalmente onde uma menina vive com uma espécie de robô. As cenas que se passam nesse mundo são muito confusas ás vezes, mas trazem uma relação muito forte com a história original, mas a explicação (ou uma tentativa pelo menos), virá em outro post!


segunda-feira, 20 de junho de 2011

[E-book] Da torcida para o peito.


Bem gente, final de semestre é tenso. Simplesmente tenso. Mas se tudo der certo em breve chega um post sobre um anime. Se alguém achar interessante o post pode sugerir animes para eu falar sobre. Por ora. Lá vai mais um capítulo

Mr. Silver

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Eu pensei. Pensei e simplesmente não parei de pensar por um bom tempo.Tempo suficiente para que o homem discreto desaparecesse do meio campo de visão. A princípio eu tinha visto aquele garoto que acabara de descobrir o nome por um acaso como um par perfeito, uma pessoa para passar mais alguns meses antes de ambos nos decepcionarmos e seguirmos nossa vida da mesma forma que ocorrera com Joshua. Mas aquela frase foi como um estopim para uma reação muito forte em mim e eu pensava que naquele exato momento tudo que eu queria era ve-lo, abraçá-lo, senti-lo e acima de tudo estar com ele.

Nesse momento Alexandre enfim tomou atitude e foi tentar falar comigo, porém desta vez ele parecia só mais um “espinhento” que chegava em mim uma vez por mês para encher o saco.

- E ai Sofia. Meus amigos falam muito de você. Não sabia que gostava tanto de robótica. – Nesse momento me toquei que ainda estava com ela espécie de maquiagem no rosto e estava vestida como uma verdadeira torcedora oficial.

- Pois é... Mas é a primeira vez que torço... desse... jeito... – Nesse momento eu estava mais preocupada em achar logo Joshua no meio da torcida e elaborar algum tipo de plano maluco para chegar a ele.

- Devia torcer mais! É muito divertido! Eu gosto bastante de robótica também e estou pensando em entrar para o time , sabia? – Eu não havia ouvido essa frase porque tinha acabo de me lembrar, ou melhor, ver o meu maior impecilho: Fernanda.

- Por aí mesmo...

- Sofia? Tá me ouvindo? – Alexandre começou a se sentir incomodado com aquela falta de atenção. Antes eu parecia muito mais animada com a presença dele. Porque nesse momento eu só pensava em como conseguiria tirar aquele impecilho da minha frente.

Enquanto isso Joshua estava pensando em o quão idiota ele havia sido em se deixar levar pelo momento e ter ficado com Fernanda. Ela agora não saia do pé dele e algo dizia a ele que não era bem isso que ele queria ou imaginava; a garota que antes ele não conseguia tirar da mente agora não saia do pé dele. Na hora das premiações as torcidas e participantes dos dois colégio se dividiam em duas arquibancadas e Joshua estava olhando para mim enquanto eu falava com Alexandre (ou pelo menos era o que Alexandre estava tentando), a vontade de me ver era muito grande, mas ele também não podia simplesmente deixar a Fernanda sem mais nem menos.

A premiação se inicou com o discurso de um dos diretores do colégio Fênix que agradeceu a presença de todos e disse que todos os colégios estavam de parabéns pelo empenho e esforço, mas que infelizmente apenas um time poderia ganhar o prêmio mais almejado de “Campeã do Torneio”. Por mais que fosse um título de nome genérico, esse prêmio acumulava pontos que no final do ano eram computados e a equipe que tivesse mais pontos acumulados iria para o mundial representar o Brasil. Porém nenhum dos colégios que estavam ali presentes já havia conseguido essa façanha; o colégio Fênix atingira no máximo o segundo colocado brasileiro, todavia o primeiro lugar sempre acabava indo para um grupo do Rio Grande do Sul.

O diretor foi substituido por um dos narradores do evento que foi aos poucos chamando todas as equipes para receber as medalhas de participação e logo em seguida foi distribuindo todos os prêmios. Existiam os mais diversos tipos de congratulações, desde melhor torcida até melhor projeto mecânico e de programação. Uma equipe podia ganhar vários e não ser a campeã, assim como uma equipe podia não ganhar nenhum destes prêmios e mesmo assim ser a campeã.

O colégio de Joshua estava sem nenhum troféu, enquanto o meu já tinha 3: melhor projeto mecânico, melhor torcida e melhor vídeo promocional (um vídeo promovendo a equipe que todos eram obrigado a fazer como uma forma de exercitar a divulgação da robótica). Tudo indicava que meu colégio seria mais uma vez o vencedor. Porém foi na hora da revelação da equipe campeã que as coisas começaram a mudar. Como de praxe o narrador começou a dar características meio genéricas sobre a equipe que ele estava prestes a anunciar a equipe vencedora; porém sempre ao fim da descrição da equipe as características deixam de ser tão genéricas e passam a dar realmente dicas para deixar todos ainda mais ansiosos:

- Essa equipe na verdade não costuma ganhar tantos torneios, tantas partidas e nem sequer ganhou um prêmio aqui. – Com isso o meu colégio baixou o tom de sua torcida e todos ficam e um completo silêncio, era como se todas as equipes já não conseguissem se imaginar como vencedoras.

- É hora de anunciar a equipe vencedora... – Enquanto todos estavam em tensão e minha toricida já tinha desistido de gritar qualquer coisa, eu estava observando atentamente o rosto de Joshua e torcendo para que ele ganhasse.

- A equipe vencedora é do colégio... FÊNIX!!!! – A gritaria que veio em seguida já era de se esperar, mas o que deixou muita gente em silêncio foi quando eu comecei a gritar:

- AEEEE O JOSHUA GANHOU!!!!! AHHHHHHHHHH – Mas eu não estava nem aí pra nada, nem para uma Fernanda no pescoço do Joshua. E continuei quando mais pessoas estavam quietas:

- EU QUERO SIM NAMORAR COM VOCÊ JOSHUAAAAAAAA - Um homem discreto dava um sorriso discreto.

sábado, 11 de junho de 2011

[Time 2 Think] Quando você deseja algo a uma estrela.





Fazia muito tempo que eu não postava, mas aqui estou eu novamente, voltando das cinzas do tédio e das provas para lhes alegrar com um anime. Esse anime me foi proposto quando eu ainda estava no primeiro ou no segundo colegial, mas eu tive a oportunidade de ve-lo apenas esse ano em um dos finais de semana que passei na cidade de Guaratinguetá.


Mr. Silver


Tem alguns animes que marcam a minha vida, por me lembrarem de tempos da infância como Digimon, Dragon Ball Z, Yu Yu Haskuho; ou então por me lembrarem de alguma mudança de fase como Naruto, que marcou minha entrada no colegial e também minha entrada para a equipe de robótica que mudou minha vida. Porém alguns animes marcam devido a sua qualidade que é indiscutível independente da época em que vi. Um exemplo desses animes seria Eureka Seven. De uns anos para cá eu tinha decidido que evitaria ver animes com mais de 30 episódios, por achá-los demasiado longos e enfadonhos, mas esse desenho de 50 episódios me cativou demais.

Eureka Seven conta a história de Rentor Thorston, filho de um homem que salvou o mundo e morreu por isso. Vivendo sempre a sombra do herói que fora seu pai. Um grande fã de um espécie de surf aéreo, Renton logo no início se depara com Eureka, uma garota que foge um pouco dos padrões com um cabelo azul e personalidade bem reclusa; a partir daí se inicia o que parece ser apenas mais um romance “água com açúcar”, mas foi aí que me enganei. O jovem segue Eureka até a Gekko State, uma nave rebelde que se opõe com todas as forças contra as forças do governo. De alguma forma essa história me prendeu e segui assistindo embora começasse a achar que Renton ainda era muito infantil para entender toda aquela questão política e ser um verdadeiro membro ativo daquela história.

Os episódios vão passando e ao chegar na segunda temporada, mesmo sem o expectador saber, ele já está envolvido em uma trama densa que relaciona com a forma como os seres humanos encaram qualquer coisa que seja diferente, seja a natureza seja um comportamento, uma política centrada em fazer com que uma população sinta medo e ponha toda a confiança cegamente em um ditador e a confiança de alguém que não quer perder por nada.

Mas Eureka Seven não vai ser uma daquelas histórias em que um bom enredo supera uma trilha sonora mal trabalhada, efeitos deixando a desejar ou coisas assim, ele é um anime completo e digno de aplausos; a sua última abertura é de derramar lágrimas de emoção (principalmente se for ouvida no último episódio). As lutas são frenéticas e as cenas mais pacatas são recheadas de informação com um enredo impecável. Confesso que é um pouco suspeito ouvir de mim um fã de robôs falar sobre esse anime, por isso até agora eu estive me referindo a esta obra de maneira a não comentar sobre os robôs, mas eles são parte importante da história.

Quase todas as cenas de ação ocorrem com batalhas entre Nirvash Type 0, uma forma de vida que foi achada a muito tempo em uma escavação; muitos cientistas tentaram de várias formas colocar uma espécie de armadura em volta dele e obter alguém para pilotá-lo. Eureka foi a única capaz de fazer isso e passou a ser usada pelo exército para seus conflitos, mas é muito interessante que de certa forma Nirvash tem uma mente pensante e opinativa que conforme a situação se desenrola, um novo poder é despertado.


Por fim só posso dizer que é um anime imperdível que de certa forma me fez repensar parte da minha vida. Assim como toda a experiencia que temos e que de certa forma nos altera, esse anime alterou um pouco meu dia a dia e minha forma de ver as coisas. Espero que ele possa passar a mesma sensação a vocês.


sexta-feira, 27 de maio de 2011

[E-book][Conto] Viva la Vida/Death And All His Friends.

Chegamos enfim ao final de uma história minha. Ainda aprenderei a fazer finais melhores. Muitos me perguntaram se esta história estaria relacionada de alguma forma com outra história minha, agora eu direi a verdade: SIM. Sem mais detalhes por enquanto. Obrigado a todos que me acompanharam até aqui.

Mr. Silver


Viva la vida

Uma vida ordinária, não é necessariamente uma vida ruim. É uma vida relativamente comum e era assim que Lucas sempre havia pensado que era a sua vida; vazia, sem um grande amor, sem grandes emoções e pessoas concordariam com ele ao dizer que havia tido uma triste vida. Entretanto pensando mais profundamente é possíve concluir que não era bem assim, afinal poucas pessoas tinham a oportunidade de fazer um ensino superior de tamanha qualidade, conhecer pessoas tão diversificadas e além de tudo isso ter a capacidade de saber o dia de sua morte e se preparar para ela. A um dia do seu fim ele poderá pensar que muitas coisas que foram feitas podem ter sido em vão, porém essa não é a hora certa de pensar nisso.

Se pensarmos profundamente, o simples fato de você estar lendo isso quer dizer que você é uma pessoa privilegiada, você tem acesso a um computador com internet e ainda por cima tem capacidade de ler e quem sabe escrever. É difícil pensar desta forma quando se tem arios outros problemas na vida: tem muita gente rica e cheia de oportunidades, mas não tem um casamento feliz, ou então que tem um filho que ele ama, mas lhe dá vários problemas dos mais diversos tipos. É extremamente complicado entender as coisas numa proporção maior e se comparar com o mundo num âmbito imensamente maior e obviamente mais abrangente; talvez seja uma coisa humana.

Lucas está chegando ao fim de sua jornada chamada vida. Mas um instante pode alterar toda uma vida, talvez ele não precisasse fazer mais nada em sua vida para completá-la e o que viria em três anos viria mesmo que ele não soubesse. Um único instante pode fazer com que toda a sua vida valesse mais ainda a pena. Mesmo ele ainda estando triste por pensar que a ausência de um namoro em sua vida, mas será que isso era preciso? Ou será que o que ele queria era apenas algo que poderia tanto vir com um namoro quanto com outra coisa? A grande questão é se ele vai ou não descobrir isso a tempo.

A tristeza é algo que não abordei com precisão específica. Mas pense em uma dor muito forte e fria que passa desde o pescoço até o fim do corpo e só não é sentida como uma dor na cabeça, pois o psicológico já chegou em um nível de desnorteiamento que nada mais é sentido ali. Tudo que acredita pode ir para baixo levantando assim apenas hipóteses tristes e depressivas, como solidão, incerteza, insegurança. Morte. Isso acontece com maiores ou menores frequências na vida de todos, alguns infelizmente sofrem isso por longos tempos ou com uma frequência absurdamente alta. Mas eu queria que qualquer pessoa que se sente assim pudesse olhar pra isso e ver verdade.

“Valeu a pena? Tudo vale a pena enquanto a alma não é pequena”

(Fernando Pessoa)

Lucas acordou um dia antes do dia de sua morte e algo o preocupou: ele não se lembrava a que horas ele tinha marcado com seu médico a três anos atrás, então ele consideraria que essa seria sua última noite de sono. Uma vez que na verdade ele não tinha dormido nada, ele acabara de usar mal uma de suas últimas oportunidades de dormir. O que ele achara tão trivial durante toda a sua vida: dormir, já que na época da faculdade dormir era um luxo, ele passava noites e mais noites estudando para provas e análises de casos complexas. Agora tudo isso, todas as lembranças iriam embora, ele simplesmente não tinha motivo lógico algum para terminar de fazer o que tinha que fazer, Lucas poderia simplesmente dormir e aguardar por seu momento, todavia algo dizia a ele que aquele dia não seria simplesmente um dia.

Alice aguardava ansiosamente por encontrar Lucas. Na verdade ela não simplesmente esperava naquele dia específico por encontrar com ele, ela esperava a anos por um momento em que pudesse conversar com Lucas e dizer tudo que precisava. Então lá estava ela com seu melhor vestido casual, maquiagem e perfume importado para chamar a atenção e dado o tempo combinado Lucas apareceu em frente ao seu escritório onde tinha marcado uma espécie de reunião pré tribunal. Sua cara não era muito melhor do que sempre fora, mas era como se Alice tivesse percebido algo em sua feição:

- Você está bem Lucas? Acho que está com uma aparência muito cansada. O que acha de fazermos essa reunião passeando um pouco? – Esse era o tipo de coisa que seu chefe não recomendava fazer em qualquer dia normal principalmente com clientes que ele tinha tão pouco contato.

- Claro. Onde quer ir? – Aquele não era um dia normal qualquer.

- Vamos ao melhor café da cidade!

Lucas não havia tido muitas oportunidades de sair com alguém tão atraente e legal como ela, todavia uma ideia não saia da cabeça dele “ela acha que viajar no tempo é possível, essa garota é maluca”. Mas ele preferia ignorar isso e aproveitar um pouco aquele dia.

Os dois tomaram um café de altíssima qualidade, comeram bem e falaram sobre trivialidades. Até que o assunto que Lucas estava tão curioso, curioso a ponto de pensar que não podia morrer sem saber a resposta para aquilo, literalmente.

- Afinal Alice, você me deu várias desculpas para explicar isso, mas nesta altura do caso é a hora de ser sincera... – Antes mesmo que ele terminasse a frase ela já estava respondendo de prontidão.

- Você deve querer saber sobre essa coisa de eu viajar no tempo. Bem. Espero que tenha uma mente aberta para ouvir isso. – Lucas na hora pensou que teria que se preparar para uma história sobre bruxas, fadas e alienígenas que tinham por profissão destruir planetas e escrever poesia.

- Vou dar o meu melhor.

- Tem um garoto em um país meio distante daqui que consegue fazer coisas que você nem imagina. Por estes dias ele voltou de um grande hiato de muitos anos. O problema é que ele ficou um tanto quanto nervoso com algumas atitudes e bem... Em breve você irá ver algo no jornal.

- E porque eu não vi até agora?

- Você ainda acredita MESMO na mídia?

- Ok... Continue.

- Este garoto tem uma capacidade de gerar energia que a física não conseguia explicar até pouco tempo atrás e mesmo hoje são poucos os que tentam e menos ainda os que conseguem explicar o fenômeno.

- O que tudo isso tem a ver com viajar no tempo? – A paciência de Lucas estava se esgotando.

- Essa energia pode ser tão grande que viajar no tempo seria uma possibilidade aceitável.

- Olha , eu poderia passar meu dia inteiro tentando julgar as suas palavras, mas ainda não faz sentido te acusarem do que te acusam.

- A grande questão é que não era pra esse tipo de informação ter chego tão cedo aqui nesses países. Mas quer saber o que eu realmente acho? Acho que a gente deveria aproveitar melhor esse dia maravilhoso e curtir um bar hopping hoje! – Lucas estava mesmo que aquilo tudo não tivesse fim e que aquele dia se tornasse um looping infinito de tempo. Tudo isso parecia impossível, mas ele poderia pelo menos aceitar esse inusitado convite.

- Por que não?

Com essa frase Lucas pode ter umas das noites mais interessantes de sua vida inteira. Ele dançou, cantou, bebeu, correu e acima de tudo se divertiu tanto que ele nem sabia mais o nome do bar em que ele se encontrava. Tudo que ele se lembrava às três de manha era de que ele havia refletido muito e agora ele queria muito beijar Alice e que ele estava perto de algum show de música retrô ou alguma coisa assim. Foi quando ele ouviu: “Away over on the rooftops. Let’s get married

- MARRIED? HAHA Eu nem namorada tive! – Lucas gritava alto e acabou caindo no chão, solitário. Depois ouviu a seguinte frase: “So come over just be patient. And don’t worry”.

- Meio tarde para falar isso não!? Depois dessa vida desgraçada! Não tem mesmo mais nada com o que se preocupar! É o fim! – Lucas estava revoltado, era fim da vida dele e ele ainda se sentia vazio e bêbado.

- Eu entendo que esteja revoltado Lucas, mas preciso te dizer isso. Eu sou casada, mas desdeo dia que nos conhecemos percebi que você era alguem especial, que mudaria o mundo. Eu estava certa, você estava meio mal, mas conseguiu mudar o mundo em apenas um instante. Se algum momento você duvidou que alguém como eu pudesse gostar de você, fique sabendo que o mundo todo irá te admirar, uma pena não viver para ver isso. Só uma coisa, talvez você não se lembre, mas eu era aquela garota que você gostou durante todo o colegial e faculdade, é que eu mudei muito meu visual e foi até bom para não me reconhecer, ajudou no processo.

Com estas palavras Lucas se foi com o sorriso mais sincero de sua vida toda.

No dia seguinte o seu corpo foi encontrado no meio da rua do centro de São Paulo e o médico legista disse apenas isto: “4 horas antes do esperado. Ataque cardíaco fulminante, esqueci de prever isso.”

Death And All His Friends.

Eis que a história tem seu fim. Um fim um tanto quanto confuso, mas que será compreendido com o tempo. O fato é que Lucas teve um fim digno de alguém que coopera com um herói. Ele soube que era admirado pela garota que ele sempre admirara. O amor pode ser apenas um detalhe para uma vida cheia de trunfos. A parte mais complexa é reconhecer suas outras qualidade em detrimento dos seus defeitos apenas. Viva la vida. Aproveite tudo que possa aproveitar, prospere e seja alguém grande. Grande não só para seus pais, ou para sua namorada ou namorado. Seja grande para si mesmo e para seu mundo.

Vai haver dúvida sobre o final ter sido feliz ou triste, mas eu digo: há felicidade em uma vida de tristeza com um desfecho levemente feliz? E há tristeza em uma vida feliz com um final desastroso?