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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

[E-book] Ataque.


Olá leitores, enfim mais um capítulo. Lá vem uma sequencia triste para a história, lhes garanto que não foi fácil decidir se traria essa parte mais triste agora mesmo. Mas enfim, caminhamos cada vez mais para o desfecho desta história.

Até a próxima.

Mr Silver.

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Eu e Joshua agora vivíamos muito bem, saíamos quase todos os dias e havíamos parado de falar sobre o que poderia acontecer, sobre o futuro, a vida, o universo e o resto o leitor já sabe. Todavia eu não continuei sem contar a meu pai sobre o nosso relacionamento e de tanto esconder já havíamos ficado bons em despistar as pessoas que não poderiam saber sobre nós. Enquanto isso Gustavo e Fernanda iam de bem a melhor, por muitas vezes a gente saia junto para comer em algumas lanchonetes, restaraurantes japoneses, entre outros lugares que pudessem ser interessantes. Tudo ia bem até que um dia eu cheguei em casa e meu pai já havia chegado mais cedo do trabalho, ele estava trajando um terno fino, estava com um copo de whisky vazio na mão. Ao seu lado estava um homem muito discreto que me levou até mesmo certo tempo para que eu notasse a sua presença, além disso eu tive a impressão de que já o havia visto antes.

- Eu acho que fui muito bonzinho com você até agora... – Começou a dizer meu pai que não ficava com essa cara furiosa e olhar profundo de alguém que acabara de tomar uma forte e difícil decisão.

- O que houve pai? – Eu já suspeitava que um dia isso poderia acontecer, mas eu estava com um mau pressentimento a respeito disso.

- Você e eu sabemos o que houve. Eu lhe disse que você não poderia namorar ninguém e que no tempo certo eu te contaria o motivo disso tudo.

- Mas pai... – Nesse momento o homem ao lado dele, que usava trajes muito semelhantes ao dele, mordia seus lábios com força.

- Você tinha que sair justamente com esse cara? Tudo bem que não faria tanta diferença, mas justamente ELE? – Ele começava a se exaltar.

- Eu prometo que vou parar...

- Eu não posso mais confiar em você e espero que um dia você possa entender o motivo disso tudo. Todavia as verbas para proteger você já não são mais as mesmas que eram antes, por isso algumas coisas nesta casa vão mudar.

- Eu vou mudar de colégio? – Essa seria uma reação clássica de besteirol americano que tenta falar sobre a vida escolar americana.

- Não. Você vai continuar lá... – Ele disse isso como alguém que diz algo que não havia pensado direito a respeito. – Vamos, suba para o seu quarto e dentro em breve eu lhe encontro lá.

- Mas Pai...

- JÁ CHEGA! SUBA! – Naquele momento eu sai correndo para meu quarto e Silver começou a falar com meu pai:

- Eu disse que faria mais sentido se tirasse ela da casa dela, mas já que você não quer dizer o plano que foi discutido com a diretoria...

- Isso não tem nada a ver com você.

- Então quem sabe eu deveria desfazer as coisas que já fiz para garantir que isso ai, seja lá o que for, dê certo.

- Não foi isso que eu quis dizer, mas você sabe muito bem que isso vive acontecendo no projeto Elektro...

- Você já está falando igualzinho a um daqueles engenheiros... Pelo menos consiga um diploma antes.

- E você fala como se nem fosse um engenheiro também.

- Ah! Mas nem me compare a eles né... – Com isso Silver se dirigiu de volta para sua casa e deixou que meu pai tomasse conta do resto.

Ao chegar no meu quarto, Geraldo não quis dizer nem sequer uma palavra, ele simplesmente tirou meu celular, meu computador, meu diário(com minha relutância), colocou por debaixo do braço e saiu andando. Ele não pregejou mais, não me bateu, não disse nada que eu não poderia mais fazer, nem seque me pos de castigo ou coisa assim. Eu nem sequer imaginava que o pior ainda estava por vir.

No dia seguinte depois da aula me dirigi ao colégio de Joshua, onde Gustavo e Juliana discutiam algo a respeito de baleiense:

- Mas se eles colocaram lá deve ter algo de verdade por trás disso! – Dizia Gustavo cheio de convicção.

- Gustavo, meu querido... Desista! Melhor a gente voltar a falar sobre videogames... – Dizia Juliana com uma voz cansada. Aparentemente alguns dias atrás ela deu a entender que estava se incomodando com o fato de Gustavo ser um tanto quanto lerdo e isso o preocupou, daí ele começou a tentar se mostrar inteligente com as coisas mais banais e fúteis possíveis.

- Olá pombinhos! Será que vocês viram o Joshua por ai? – Disse eu tentando parecer o mais animada possível e esconder minha preocupação com os acontecimentos do dia anterior.

- Ele está na sala de robótica, parece que eles estão aproveitando esse tempo sem competições para desenvolver algum novo projeto. – Disse o casal junto e logo depois deram umas risadinhas. Com isso eu sai correndo até a sala de robótica sem ligar para os olhares tortos dos alunos que me viam com um uniforme de uma escola “rival”.

Ao chegar na sala de robótica a situação era bem parecida com a que ele havia me descrito sobre o primeiro dia dele na equipe, só que desta vez ele fazia parte daquele cenário confuso cheio de gente jogando videoagame, um punhado trabalhando e um monte de gente procurando a Juliana que havia saído de lá para buscar umas engrenagens e não havia voltado. Em meio a tudo aquilo estava Joshua com um caderno fazendo alguns cálculos.

- Joshua! Que bom te ver! - Neste momento não pude esconder meu alívio, eu realmente estava pensando que meu pai iria acabar punindo Joshua em vez de me punir, de alguma forma muito desastrosa.

- É bom te ver também, mas... O que a traz aqui de repente? – Disse Joshua com uma cara espantada.

- Então essa é a famosa Sofia! – Disseram os outros membros do clube em coro. Com isso demos uma risada e fomos para fora da sala conversar e lá eu descrevi tudo que havia acontecido no dia anterior, inclusive sobre o homem ao lado de meu pai, no momento em que descrevi ele minha voz acabou se exaltando um pouco e Vítor apareceu na porta:

- Desculpa ai pessoal, mas não pude evitar ouvir essa última parte do que você estava falando e essa descrição bate com a lenda dos torneios de robótica! Silver! – Sem entender mais nada eu e Joshua nos dirigimos sozinhos para casa.

Ao chegar em casa tudo parecia normal e meu pai aparentemente iria demorar para chegar em casa. Cheia de pensamentos, dúvidas e poucas respostas na cabeça eu resolvi dormir mais cedo; porém no meio da noite meu sono foi quebrado pela entrada de homens mascarados no meu quarto. Eu pude ouvir a voz do meu pai na casa gritando alguma coisa e barulho de coisas quebrando por toda a casa.

- Achei ela! Hora de fazer o trabalho! – Foi o que um daqueles homens mascarados disse, ele usava calças pretas com uma corrente pendurada, uma camiseta de manga comprida preta com um crucifixo por cima. A cena daquela corrente trêmule e o crucifixo batendo em meu rosto foi a última que vi na minha vida.

2 comentários:

Acabou aí? Que tenso, se acabasse... Mas ow, no começo tem "Gustavo e Fernanda", não é pra ser Juliana, não?
 
Ahh desculpe pelo erro de Juliana por Fernanda, eu alterarei. CAAALMA Ainda não acabou ^^
 

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